quarta-feira, 25 de abril de 2012

Poetas Del Mundo – Entre os Ideais e os Interesses


Uma Visão Critica



Por João Drummond


Escrevo este texto como jornalista e apoiador inicial do projeto que creio, possa ter ainda um grande futuro pela frente e muito serviço a prestar à sociedade. O faço ainda após pedir meu desligamento oficial da função consul, mas mantendo a fé na idéia que o gerou.
Poetas Del Mundo nasceu de uma idéia inspirada por Luiz Ariaz Manzo, poeta chileno, que ganhou o mundo em movimento espontâneo com uma proposta singela: unir poetas de todos os continentes em torno da poesia, numa conspiração branca pela paz e por uma humanidade mais fraterna.
O Chile talvez seja o berço da cultura mais evoluída e atuante do continente sul-americano. No passado eu já tivera contato com outro chileno ilustre, ninguém menos que Rolando Toro Arañeda. Rolando, já falecido, era natural da cidade de Concepción, e foi o revolucionário criador da Biodanza, ou Biodança como é conhecida no Brasil.
Trata-se de uma técnica terapêutica que usa a dança e a musica em movimentos individuais e/ou coletivos para promover desbloqueios emocionais do paciente, e lhe conceder mais saúde e qualidade de vida a partir de cinco linhas mestras. Mas isto é assunto para outro artigo.
Ariaz Manzo me impressionou pela sua presença marcante, e apesar da pequena estatura se impõe com uma força que emana de sua alma idealista e visionaria.
Escreveu e publicou o Manifesto de Poetas Del Mundo que é uma peça literária de rara beleza, que sintetiza toda a idéia central que gerou e fez prosperar o movimento nos quatro cantos do mundo.
Logo que conheci o movimento que era baseado num modelo de expansão através Redes Sociais fui cativado pela idéia, e ao ser convidado pela Embaixadora no Brasil, para ser consul por minha cidade, pensei finalmente que minha poesia poderia prestar um serviço de maior alcance e utilidade.
Apoiei o movimento com artigos e vídeos, e o divulguei em sites e blogs literários, participei do encontro de Belo Horizonte e da construção do Manifesto de Poetas Del Mundo de Minas Gerais (em forma de poema). Consegui carta de reconhecimento oficial da prefeitura da minha cidade – Sete Lagoas – para o diploma de consul, (talvez o primeiro a conseguir esta façanha), criei o blog do consulado de Sete Lagoas.
A decisão de transformar o movimento em associação a partir da direção no Brasil teve como objetivo dentre outros, institucionalizar o movimento para torná-lo acessível aos recursos destinados aos projetos culturais.
E assim como apoiei o movimento num primeiro momento de forma incondicional, me vejo agora também, já fora de sua estrutura e como jornalista, no direito de exercer uma visão critica sobre a Associação Poetas Del Mundo, mas dentro de um prisma construtivo.
Se esta visão vai ser vista de forma madura e ponderada, o que seria a aplicação caseira da proposta de seu Manifesto Universal de unir e não dividir, de pregar a paz e não o confronto, só o tempo dirá.
A Associação ganha com a possibilidade de se produzir projetos culturais sob o auspicio das verbas públicas e de parceiros capitalistas, mas o movimento perde em sua singeleza e essência, que foi na verdade o grande catalisador de seu crescimento espontâneo, pela adesão de poetas que se identificaram de imediato com a idéia de Luiz Arias Manzo.
 A boa vontade e o talento podem fazer muito mais do que somente o dinheiro, a se considerar a idéia original do Manifesto Universal de Poeta Del Mundo.
Entendo também que quando se trata de poetas e escritores, não há como vingar uma estrutura verticalizada e autocrática, já que estas pessoas são por natureza, independentes e questionadoras.
A não ser que para a Associação Poetas Del Mundo nesta nova estrutura só sirvam os poetas mais alinhados e amenos, capazes de abrir mão de suas duvidas e incertezas, em favos de títulos e diplomas.
A transformação do movimento em associação pode até favorecer-lo na captação de recursos, mas seu ideal se perde em favor dos interesses que gravitam em seu entorno, e beneficiam na verdade uns poucos.
O modelo de associação a partir da legislação brasileira engessa o seu crescimento em escala mundial, coisa que com o movimento inicial se dava de forma natural e espontânea.
A intenção que colocou em marcha o movimento a partir do Manifesto Universal de Poetas Del Mundo é simplesmente fulminada neste novo modelo, e basta uma leitura rápida na obra de Ariaz para perceber que toda ela fica comprometida.
O Manifesto se torna de fato numa obra vazia e sem sentido já que na associação poetas de talento e a boa vontade perdem espaço para aqueles que com menos recursos literários possam, no entanto possam bancar com seus custos.
O Movimento Poetas Del Mundo perde a condição de idéia única e impar, capaz de agregar e unir poetas de todos os continentes em favor da paz mundial e pela construção de um mundo mais fraterno e justo.
Tarefa esta que poderia ser levada a bom termo pelos seus milhares de associados e cônsules cooptados de forma espontânea ao redor do mundo, e se torna em mais uma banal associação cultural, que de pires na mão enverga seus ideais a favor de alguns interesses, nem sempre tão nobres quanto se apregoa.
Infelizmente mais uma grande idéia, que prometia uma revolução cultural branca e poética em escala mundial é dominada e rebaixada pela força do capitalismo cultural.







sábado, 21 de abril de 2012

Entre a Inconfidencia e a Confidencia Mineira -- A Nova Derrama





A história registra e comemora – 21 de abril – dia de Tiradentes e da Inconfidência Mineira. É oficialmente o dia que homenageia o movimento de insurreição de 1789, à tirania da coroa portuguesa que sangrava a economia de uma insipiente candidata a Nação.
O Brasil colônia vivia sob o arbítrio de uma lei de exceção que transformara seus concidadãos em meros instrumentos de trabalho semi-escravo que, sob o acoite da derrama, se exauriam para encher as burras de El Rey de Portugal.
Segundo a redação oficial, insuflados pelos ventos de liberdade que sopravam de alem mar, mais precisamente da França sob a égide de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, os revoltosos se reuniam na surdina para conspirar contra a tirania e o arbítrio, e para libertar o bolso do povo do jugo português.
Há controvérsias sobre a nobreza e dignidade deste movimento (sempre há controvérsias sobre a história oficial) e os defensores da teoria da conspiração levantam outras hipóteses até para discordar da historia oficial e vender mais livros.
Para muitos, Tiradentes não passava de líder de um bando de caloteiros tentando se livrar de suas dividas, impostas por contratos sociais leoninos e injustos, mas amparados pelas leis então em vigor.
A bandeira de Tiradentes não buscava um vôo tão alto como o de libertar o Brasil colônia de Portugal, mas livrar a si próprio e a mais alguém da sangria em sua capacidade produtiva imposta pela cobrança do “quinto”.
Se hoje um cidadão afogado em dividas tentar se livrar delas liderando um bando, empenhado em negócios escusos, como lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, remessa ilegal de dólares e outras operações da mesma natureza com certeza não será enforcado e esquartejado, talvez no máximo, pego de calças curtas numa destas espetaculares operações da policia federal.
Mas o Brasil precisava e precisa de heróis. E a diferença entre um herói e um vilão é determinada por que escreve a história oficial. Se a exemplo dos países que fazem parte do Reino Unido ou grande império Britânico, o Brasil fosse parte do território do Grande Império Português qual seria o papel histórico de Tiradentes?
Tudo é relativo, já descobria Einstein. Mas controvérsias a parte, ontem a Inconfidência Mineira, hoje a velha política se reúne em conversas ao pé do ouvido, entre confidencias, segredos e pães de queijo, e vão articulando as novas fórmulas de derrama que espoliam os trabalhadores e mantém os privilégios de castas corrompidas e improdutivas, que são capazes, vejam só, até mesmo de votar aumento dos próprios proventos. E o fazem sem dó nem piedade.
Enquanto exaltam o Tiradentes histórico e espalham medalhas da Inconfidência nestas massagens publicas de egos inchados e empedernidos, mantêm o tacão de suas botas sobre os pescoços dos novos Tiradentes, estas classes de trabalhares explorados e enganados, que tem nos professores seus maiores e mais gritantes exemplos.
Apossaram-se dos ideais de liberdade que supostamente moviam os Inconfidentes e aplicam diuturnamente a velha derrama e o antigo cadafalso, Exatamente com fazia outrora El Rey de Portugal.   


                                                         João Drummond




quarta-feira, 18 de abril de 2012

Chamar Político de Ladrão é Crime - Supremo Decidiu




Brasília Urgente
Agencia ADL

Em votação tensa e demorada, o Supremo Tribunal Federal decidiu na tarde da ultima terça feira (17/04) que, chamar políticos de ladrão agora é crime – pena: prisão de 07 dias a 03 meses mais multa de R$ 2.470,00 a R$ 176. 940,00.
Em votação apertada, marcada por debates tensos, os ministros do Supremo decidiram que nenhum político, por mais que tenha roubado e por mais ladrão que seja não pode ser chamado de ladrão até o transito em julgado da sentença.
O relator do processo foi o ministro Ricardo Lewandowisk que acentuou em demorado voto: “ainda que todas as provas sejam cristalinas, e que todas as evidências apontem para a culpabilidade do réu há de se prevalecer sempre o benefício da duvida e o amplo direito de defesa. Ainda mais em se tratando de político que tem, em face da justiça foro privilegiado”.
E como a casa ainda não considerou nenhum político como ladrão, por mais que ele tenha roubado, esta tendência deve prevalecer em futuras votações.
Esta decisão vale não apenas para jornais escritos, falados e televisivos, mas se estende também a blogs e sites particulares ou públicos.
Joaquim Barbosa, tendo pedido vênia para divergir do relator, ainda tentou argumentar que proibir aos cidadãos e a mídia de se referir aos políticos chamando-os de ladrões, atentavam contra a lei de imprensa e ao sagrado e democrático direito de livre pensamento e manifestação.
Tendo sido interrompido de maneira enfática pelo ministro Gilmar Mendes, com o argumento de que não se pode confundir democracia com balburdia e libertinagem, Joaquim Barbosa foi irônico ao sugerir que não se poderia então, por questão de justiça chamar  nenhum ladrão de político, sob o risco de se desequilibrar os preceitos mais primários da Carta Magna: todos são iguais perante a lei.
A ministra Carmem Lúcia que até então se mantinha em cima do muro sofreu um acesso de risos, e proferiu o voto mais rápido de toda historia do Supremo, fazendo suas as palavras do ministro Joaquim Barbosa.
A votação terminou em seis a cinco a favor da criminalização do xingamento do político ladrão, e passa a valer logo após sua publicação no diário oficial do judiciário.
É a chamada Lei do Político Ladrão, sacramentada pelo presidente Cesar Peluso do supremo que terminou dizendo:
“Aprovada esta lei cai o véu da hipocrisia nesta corte. Que os políticos roubem a vontade, mas chamá-los de ladrão, nunca”.

                                                                                 João Drummond

Alerta – Esta é uma obra de ficção. Os personagens são reais, mas a tal sessão não aconteceu. Considerando-se o alto nível de corrupção na política e o baixo nível de condenação de políticos no Supremo é como se tivesse acontecido. O julgamento do mensalão está aí. Vamos ver se desta vez vai.


segunda-feira, 16 de abril de 2012

FRASE DO SÈCULO - Show de Oscar Niemeyer


Aniversário de 102 Anos!


 "Projetar Brasília para os Políticos que vocês colocaram lá, foi como criar um lindo vaso de flores prá vocês usarem como pinico. Hoje eu vejo, tristemente, que Brasília nunca deveria ter sido projetada em forma de avião, mas sim de Camburão"
(Oscar Niemayer)

terça-feira, 10 de abril de 2012

Veículos Sinistrados/recuperados – Um Mercado Abusivo Legislação – Código do Consumidor





O mercado de veículos sofre expansão em escala geométrica. As cidades vão ficando pequenas, intransitáveis. As estradas se enchem num movimento continuo e confuso, incapazes de acompanhar em qualidade e quantidade a competitividade das fabricas, em quebras constantes de recordes de produção.
Estradas ruins, motoristas despreparados, os sonhos daqueles que ingressam no mercado de consumo e do credito fácil.
A fórmula é terrível e o resultado não poderia ser outro. Somos também campeões mundiais em sinistros, que geram uma terrível realidade.
Entre mortos e feridos muitas sucatas se salvam e passam a alimentar a ganância e a inconseqüência de um mercado abusivo: o mercado dos veículos sinistrados/recuperados.
Muita gente não sabe, mas pode estar rodando num veiculo vitimado por sinistro de maior ou menor gravidade.
Segundo o CONTRAN um veículo que se envolveu em acidente na estrada ou na cidade, deve ser classificado por perito em uma de três categorias: pequena monta, media monta ou grande monta. Nestes casos são feitos boletins de ocorrência, com fotos que passam a fazer parte de um prontuário do veículo em questão em arquivo de cadastro geral que engloba todos os veículos em circulação no país.
A legislação permite que se recuperem veículos acidentados classificados na condição de pequena e media monta. Já os na categoria de “grande monta” devem receber baixa em sua documentação e serem transformados em sucata, a não ser que uma nova perícia solicitada pelo proprietário ou seguradora o reclassifique como de media monta, e o ressuscite para recuperação e circulação.
Até 2009 estes veículos voltavam à vida e as estradas como outro veiculo qualquer, sem nenhuma informação desabonadora, e as seguradoras e revendedoras de veículos usados abusavam da ganância e boa fé do consumidor leigo para lucrar sem culpa nem piedade neste mercado.
Até que em 2009 uma resolução do CONTRAN mudou esta história. Esta resolução passou a obrigar que todo veículo vitimado por sinistro e que foi recuperado passasse a ter em sua documentação este registro.
Aí o consumidor que transitava orgulhoso e seguro com seu veiculo, impecável e bem cuidado, talvez com pequenos problemas de estabilidade, portas desalinhadas, pinturas manchadas, se via de repente com uma sucata maquiada e de valor, segundo os entendidos de 30% por cento a menos do que ele tinha em mente e que o mercado avaliava.
Este valor de 30% é questionável, porque a dificuldade de se achar compradores capazes de comprar veículos que nenhuma agencia aceita como moeda de troca, nenhuma seguradora (mesmo aquelas que trouxeram os zumbis a vida) seguram, e nenhuma financeira financia, tornam aqueles veículos em batatas quentes e indesejáveis.
Um dos objetivos de quem compra um veiculo usado é justamente passá-lo para frente após certo tempo, na troca por outro melhor. Este objetivo é simplesmente fulminado.
O outro objetivo que é trabalhar ou passear com ele, pode ser mantido apesar de alguns cuidados e restrições.
Deixar de fazer viagens com um veiculo que não aceita alinhamento, ou de trabalho ou de passeio representa uma perda real, mas aceitável em certos casos, afinal quem comprou um usado, sabe que tem seus riscos, pode dar sorte ou entrar numa roubada.
Quero deixar claro que acho a resolução do CONTRAN justa e necessária para moralizar o mercado de carros usados, o problema está nesta pratica odiosa de Agencias de compra e venda e seguradoras lucrarem em cima da boa fé e ignorância de consumidores leigos, vendendo gatos por lebres, ou seja, veículos sinistrados/recuperados como se fossem perfeitos, fichas-limpas.
Veículos nestas condições são realmente fichas-sujas circulando no transito, trazendo prejuízos e riscos aos usuários, já que saíram muitas vezes de depósitos de sucatas, para o transito sem nenhum alerta por parte do vendedor.
O código do consumidor considera este tipo de negocio um crime contra as leis de consumo, e oferece algumas opções de ressarcimento para quem foi vitima dele.
A pessoa jurídica que a praticou tem um prazo de trinta dias para sanar este vicio oculto sob pena de cancelamento do contrato.
Como este tipo de vicio não pode ser resolvido, já que é impossível legalmente se retirar da documentação de um veiculo esta condição de sinistrado/recuperado, só resta ao vendedor à escolha do consumidor: fornecer outro veiculo de mesmo valor ao que reza o contrato, o dinheiro pago corrigido monetariamente, ou a diferença resultante da depreciação do veículo recuperado em relação ao que ele valeria no mercado sem nenhum vicio.
Há de se considera ainda que todas esta opções não descartam ações por perdas e danos que por acaso a pessoa tem sofrido por receber gato por lebre.
O vicio oculto não tem restrição quanto a prazo para ser descoberto, já que se trata de algo que já existia antes do contrato e ao contrario do que muita gente pensa (inclusive advogados e promotores), não se refere apenas a problemas mecânicos, elétricos, de pintura, lanternagem ou qualquer outro problema de ordem material.
A informação incompleta ou omitida no contrato e na documentação também está nesta categoria. Segundo o seu conceito vicio oculto se refere a algo, ou alguma coisa pré existente antes da assinatura do contrato, que diminua o valor do bem, ou o torne impróprio ao uso a que se destinava, e que se o comprador soubesse dele não fecharia o contrato.
Tem quem acredite candidamente que a simples entrega de outro veiculo nas características e valor que constam no contrato resolvem a questão. Esquecem-se que o tempo em que o usuário ficou, sem conhecimento, com um bem de menor valor gera necessariamente prejuízos passíveis de perdas e danos, ainda que o zumbi funcione razoavelmente bem.
Nada na sociedade capitalista tem valor menor ou maior de graça. O valor de um bem na visão do mercado tem a ver com atributos e qualidades que atendem ou bem ou mal a variada gama de consumidores e as múltiplas camadas que formam este mercado.
Se você compra um bem que custa x e recebe outro que custa menos 30% ou 50%, já houve lesão a regra consumerista, ainda que o bem depreciado tenha bom desempenho.
Ainda mais em se tratando de bem que sirva ao trabalho e produção do usuário e lhe garanta o sustento da família.
O mercado de veículos tem que ser mais zeloso com seus estoques e o consumidor mais atento que nunca quanto a sua procedência.
Oportunamente voltarei a este tema.


Obs: Este texto é resultado de pesquisas em site jurídicos e no código de defesa do consumidor.
                                                                              


                                                           João Drummond 


domingo, 1 de abril de 2012

Até Tu Demóstenes? Ou A Torre do Demóstenes Caiu




A saga do senador por Goiás, Demóstenes Torres vem, monotonamente confirmar a regra sobre a política no Brasil, e sobre a honestidade dos políticos.
Sim, porque o Demóstenes daqui parecia uma das raras exceções a esta regra. Com discurso forte, inteligente, sagaz, ele era um dos mais atuantes e influentes do Senado da Republica.
Um dos lideres mais carismáticos da oposição. Dava gosto ouvir seus discursos e sua atitude firme na tribuna denunciando as mazelas do governo Lula e mais recentemente de Dilma.
 Diante desta mesmice tive a curiosidade de pesquisar a vida do seu xará, o grego e pude constatar que aquele Demóstenes também teve seus altos e baixos na política e chegou a um fim melancólico, que bem poderia servir de exemplo para nossos políticos pegos de calça curta. Os dois Demóstenes cometeram suicídio. O de lá físico e o de cá político... Por enquanto. Talvez de lá tenha sido mais digno afinal de contas.


Sobre Demóstenes – O Grego

(só para refrescar a memória e inspirar nossos políticos)

Demóstenes foi um proeminente orador e político grego, de Atenas. Sua oratória constitui uma importante expressão da capacidade intelectual da Atenas antiga e providenciam um olhar sobre a política e a cultura da Grécia antiga durante o quarto século AC. Demóstenes aprendeu retórica estudando os discursos dos grandes oradores antigos.

Aos sete anos de idade, Demóstenes perdeu o pai e teve sua herança roubada por seus tutores. Posteriormente, abriu processo para recuperar os bens roubados. Ganhou o processo, mas não recuperou todos os bens que lhe pertenciam. Com vinte e sete anos iniciou sua carreira de orador e logo conseguiu destaque.
Garoto ainda, Demóstenes assistiu a um julgamento no qual um orador chamado Calístrato teve um desempenho brilhante e, com sua verve, mudou um veredicto que parecia selado. Demóstenes invejou a glória de Calístrato ao ver a multidão escoltá-lo e felicitá-lo, mas ficou ainda mais impressionado com o poder da palavra, que parecia capaz de levar tudo de vencida.
Assim, alimentou a esperança de se tornar um grande orador - sonho que parecia impossível devido à sua gagueira. Conta-se que Demóstenes, à força de perseverança, ultrapassou o problema da gaguez declamando poemas enquanto corria na praia contra o vento e também, sendo esse o fato mais conhecido, forçando-se a falar com seixos na boca. Após treinamento que demandou enorme esforço, Demóstenes venceu a gagueira e se tornou o maior orador da Grécia.
Sua vida como orador e político foi dedicada à defesa de Atenas que se via ameaçada por Filipe II da Macedônia.
Contra o líder macedônio, Demóstenes escreveu inúmeros discursos que ficaram conhecidos como Filípicas. O objetivo era conclamar os cidadãos atenienses e arregimentar forças contra a Macedônia antes que fosse tarde demais.
Em 338 a.C., Demóstenes participou da batalha de Queroneia — na qual Atenas foi derrotada pela Macedônia e marcou o início do domínio de Filipe e depois de Alexandre, o Grande, sobre a Grécia.
Após 335 a.C., Demóstenes vê decair tanto sua reputação quanto influência. Chegou mesmo a ser condenado por ter se deixado comprar por um ministro de Alexandre e facilitar sua fuga de Atenas. Foi preso, mas conseguiu fugir, exilando-se de Atenas por longo período.
Após a morte de Alexandre, em 323 a.C., Demóstenes é chamado de volta e retoma suas atividades.
Alia-se, então, à revolta contra Antípatro. Tendo falhado tal revolta, Antípatro exige a entrega dos chefes revoltosos. Demóstenes foge para o templo de Poseidon na ilha grega de Calauria. Quando percebe que está cercado pelos soldados de Antípatro, suicida-se com veneno.

(fonte Wikipédia)

                                                                 João Drummond

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