O Supremo supra-sumo Tribunal Federal tem pelo
menos um mérito: colocar palavras e termos novos em nosso coloquial diálogo
cotidiano.
A mais nova expressão
que percorre como um tsunami a mídias faladas, caladas, televisivas,
teleguiadas, escritas e malditas, é, adivinhem, “embargos infringentes”.
Em todo lugar é a
mesma coisa, um sujeito diz em alto e bom tom para um amigo:
― Você viu cara!!! O Supremo aprovou
os embargos infringentes.
O outro não sabia
patavina do que se tratava, mas não pode se mostrar desinformado:
― É mesmo? Isto é grave, mas não me
admira, o Supremo já fez coisa bem pior no passado.
E o outro retrucava:
― É verdade. Bem pior.
Então fica uma discussão
inútil e sem sentido sobre um termo jurídico que nada diz ao cidadão comum que
paga todas as contas e emprega com seu voto todos os políticos e pilantras
deste imenso Brasil varonil.
Alguns ministros já
afirmaram que não dão a mínima para a opinião do povo. Afinal ele só vota e
paga as contas.
Mas traduzindo para o
popular “embargos infringentes foi a forma encontrada pela maioria do Supremo
para assar a pizza do malfadado mensalão.
Se Suas Excelências
(ou seria santidade?) abrissem mão da morosa hipocrisia que reina soberana
naquela nobre corte, diriam que embargos infringentes é a mais nova gambiarra jurídica encontrada para abrir a porta da cadeia de Dom José Corleone Dirceu e seus
asseclas.
E lá vamos nós tomarmos
mais alguns meses (ou anos) de mensalão na veia por conta destas estripulias dos
doutos supremos da lei. Isto com prejuízo do outros milhares de processos que
se enfileiram todos os dias a agenda da Corte Suprema. Até parece que neste
país o único crime que merece atenção exclusiva é o mensalão.
Eita povo que sofre. Pagar, votar e não apitar nada.
E a tal democracia “do
povo, pelo povo e para o povo” que os magistrados se encarregam de citar no
inicio de cada pedante, confuso e pomposo voto?
E olha que suas santidades
se elegeram para o cargo com o voto de um único eleitor: o presidente da Republica
das bananas das Brasil.
Para que tomar tanto
tempo, recursos, e de quebra, torrar o saco do contribuinte com meses a fio de
prolongadas e inúteis sessões, se a intenção final é livrar da cadeia ladrões
de colarinho branco?
Que se livre logo a
cara dos sacripantas e os mandem em viagem de férias sem volta para Trinidad
Tobago e comecem vossas excelências a tratar do que importa de verdade para o
Brasil.
Ou, como diria
Stanislaw Ponte Preta: “se é para tudo terminar em pizza, que pelo menos ela
seja servida a toda grande nação tupiniquim de aquém mar.
João Drummond
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