Após o fim do primeiro turno a campanha
de Fernando Haddad mudou radicalmente, deu um cavalo de pau, deu uma guinada
reversa, partiu para o tudo ou nada.
"Perdido por um perdido por mil”.
Mudou as cores da campanha, tirou da página do Partido apoio a Maduro, se
afastou do ex-presidente Lula, mudou estratégias, táticas, frases, pensamentos.
A mudança foi tão radical que denota desespero. "Afinal, depois de uma
derrota humilhante, acachapante, como mudar os
rumos da campanha em tempo tão restrito?" Teriam se perguntado seus
marqueteiros.
A rigor, a
esta altura, é a única coisa a se fazer. Se trata de uma manobra arriscada,
porque admite de pronto que a espinha dorsal da campanha errou. Errou, muito,
errou em tudo. Nada deu certo para Haddad, daí a se justificar a mudança de
rumos.
O problema é
que a emenda pode ter ficado pior do que o soneto. A conta do Haddad não fecha
nunca. Conquistar os votos de eleitores de outros candidatos, dos que votaram em
branco e nulo e ainda tirar votos dos que votaram em Bolsonaro, se converteu em
mais um sonho louco da esquizofrenia e do autismo petista, e só encontrou eco
entre a massa ideologicamente já convencida e doutrinada.
Aí
perguntamos: Qual o sentido de se convencer pessoas que já estavam convencidas?
Depois de anos tripudiando da bandeira verde amarela, dos valores cristãos, da
familia e do ensino tradicional, do modelo de segurança pública que realmente
contenha e desestimule o crime, a mudança de discurso soou muito falsa. Um
exemplo disto é a imagem de Haddad e sua vice participando de um ato ecumênico
e comungando.
Uma atitude cínica e hipócrita para conquistar
os votos que foram jogados de graça nas mãos do adversário.
E olha que o
adversário cedeu de mão beijada muita munição. Racista, misógino,
preconceituoso, violento. A campanha se tornou de propositura negativa, e em
nenhum momento vimos Haddad se desculpar pelos crimes de corrupção que ele e
outros membros do partido, (inclusive Lula), estão sendo acusados.
A pessoas
passaram a se perguntar: Quando é que crimes de corrupção se tornaram menores
que crimes de opinião, e como é que o lado que acusa a violência foi o que deu
a primeira facada?
Muitas
pessoas, inclusive abalizados analistas políticos creem que esta campanha já
está resolvida, muito mais pelos erros da campanha da esquerda, do que
propriamente, pelos acertos da campanha de Bolsonaro.
Só um fato
novo muito grave poderia mudar os rumos da atual eleição, mas enfim vamos ter
que esperar mais alguns dias. Afinal com dizem as velhas raposas políticas:
Eleição e mineração, só depois da apuração.
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