O tribunal de Bolonha
na Itália negou extradição ao Brasil de Henrique Pizzolato, condenado a mais de
12 anos no processo do mensalão.
Não sei, porque me
veio imediatamente à memória o rumoroso caso Batisti. Na época, acusado de quatro assassinatos na Itália,
Batisti entrou ilegalmente no Brasil, e teve sua extradição negada pelo
ex-presidente Lula, após o STF ter dado parecer favorável à extradição.
Os especialistas divergem
quanto à possibilidade da justiça Italiana dar, na primeira oportunidade, o
troco ao que foi considerado um insulto ao povo italiano.
A fuga de Pizzolato do
Brasil se deu forma espetacular após o STF ter emitido ordem de prisão contra o
mesmo ao fim do famigerado processo. Pizzolato deu um chapéu internacional no
Supremo, na policia federal e até na Interpol se mandando de passaporte falso
para a Itália onde tem também cidadania reconhecida.
Ficou lá por todo este
tempo comendo macarrão e pizza e dando uma grande banana para o governo e a
justiça brasileira.
Preso na Itália
recentemente por porte de documento falso, (passaporte do defunto irmão),
Pizzolato conseguiu se beneficiar da decisão da justiça italiana que alegou sua
dupla cidadania e o péssimo estado dos presídios brasileiros.
Dupla humilhação para
o Brasil: não mandam o criminoso, e falam mal dos nossos presídios.
Quando o Brasil negou
a extradição de Batisti ao pedido da Itália, jogou na privada e deu descarga, no
tratado de extradição que assinara com a mesma em 1989.
O povo italiano deve
estar agora sentindo o doce gostinho da vingança ao deixar o Brasil com cara de
abestado aos olhos do mundo.
Muitos vão dizer que
uma coisa nada tem a ver com a outra, mas não me sai da cabeça, vendo como
julgam os juízes, desde os de primeira instancia até o Supremo, que primeiro
eles decidem por razões pessoais e mesquinhas, e só depois vão procurar na
constituição o capitulo e o artigo que lhes dê guarida na decisão.
Os italianos mandaram
o recado. Não respeitamos mais o tal tratado e ainda falamos mal dos presídios brasileiros.
E eu me pergunto o que
valerá mais agora para a justiça e para o governo brasileiro: um Batisti na mão
ou dois Pizzolatos voando, (o homem vale por dois e tem que devolver o que
roubou).
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