A
saga do senador por Goiás, Demóstenes Torres vem, monotonamente confirmar a
regra sobre a política no Brasil, e sobre a honestidade dos políticos.
Sim,
porque o Demóstenes daqui parecia uma das raras exceções a esta regra. Com
discurso forte, inteligente, sagaz, ele era um dos mais atuantes e influentes do
Senado da Republica.
Um
dos lideres mais carismáticos da oposição. Dava gosto ouvir seus discursos e
sua atitude firme na tribuna denunciando as mazelas do governo Lula e mais
recentemente de Dilma.
Diante desta mesmice tive a curiosidade de
pesquisar a vida do seu xará, o grego e pude constatar que aquele Demóstenes
também teve seus altos e baixos na política e chegou a um fim melancólico, que
bem poderia servir de exemplo para nossos políticos pegos de calça curta. Os
dois Demóstenes cometeram suicídio. O de lá físico e o de cá político... Por
enquanto. Talvez de lá tenha sido mais digno afinal de contas.
Sobre
Demóstenes – O Grego
(só
para refrescar a memória e inspirar nossos políticos)
Demóstenes
foi um proeminente orador e político grego, de Atenas. Sua oratória constitui
uma importante expressão da capacidade intelectual da Atenas antiga e
providenciam um olhar sobre a política e a cultura da Grécia antiga durante o
quarto século AC. Demóstenes aprendeu retórica estudando os discursos dos
grandes oradores antigos.
Aos
sete anos de idade, Demóstenes perdeu o pai e teve sua herança roubada por seus
tutores. Posteriormente, abriu processo para recuperar os bens roubados. Ganhou
o processo, mas não recuperou todos os bens que lhe pertenciam. Com vinte e
sete anos iniciou sua carreira de orador e logo conseguiu destaque.
Garoto
ainda, Demóstenes assistiu a um julgamento no qual um orador chamado Calístrato
teve um desempenho brilhante e, com sua verve, mudou um veredicto que parecia
selado. Demóstenes invejou a glória de Calístrato ao ver a multidão escoltá-lo
e felicitá-lo, mas ficou ainda mais impressionado com o poder da palavra, que
parecia capaz de levar tudo de vencida.
Assim,
alimentou a esperança de se tornar um grande orador - sonho que parecia
impossível devido à sua gagueira. Conta-se que Demóstenes, à força de
perseverança, ultrapassou o problema da gaguez declamando poemas enquanto
corria na praia contra o vento e também, sendo esse o fato mais conhecido,
forçando-se a falar com seixos na boca. Após treinamento que demandou enorme
esforço, Demóstenes venceu a gagueira e se tornou o maior orador da Grécia.
Sua
vida como orador e político foi dedicada à defesa de Atenas que se via ameaçada
por Filipe II da Macedônia.
Contra
o líder macedônio, Demóstenes escreveu inúmeros discursos que ficaram
conhecidos como Filípicas. O objetivo era conclamar os cidadãos atenienses e
arregimentar forças contra a Macedônia antes que fosse tarde demais.
Em
338 a.C., Demóstenes participou da batalha de Queroneia — na qual Atenas foi
derrotada pela Macedônia e marcou o início do domínio de Filipe e depois de
Alexandre, o Grande, sobre a Grécia.
Após
335 a.C., Demóstenes vê decair tanto sua reputação quanto influência. Chegou
mesmo a ser condenado por ter se deixado comprar por um ministro de Alexandre e
facilitar sua fuga de Atenas. Foi preso, mas conseguiu fugir, exilando-se de
Atenas por longo período.
Após
a morte de Alexandre, em 323 a.C., Demóstenes é chamado de volta e retoma suas
atividades.
Alia-se,
então, à revolta contra Antípatro. Tendo falhado tal revolta, Antípatro exige a
entrega dos chefes revoltosos. Demóstenes foge para o templo de Poseidon na
ilha grega de Calauria. Quando percebe que está cercado pelos soldados de
Antípatro, suicida-se com veneno.
(fonte Wikipédia)
João Drummond
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