Cachoeira – O Poder Obscuro
A Doença do Estado
Como se faz cultura de vermes? A ciência ensina muitas
fórmulas, mas como principio deve-se ter um ambiente preparado, propicio,
adequado.
Tem que haver ingredientes alimentadores, fomentadores
e fermentadores. Nenhuma colônia de vermes prospera do nada. Ou em laboratório
ou em estado natural as colônias têm que encontrar condições que favoreçam seu
aparecimento, crescimento e expansão.
Pode se produzir vírus limpos em laboratórios, com uso
de ingredientes adequados, com o intuito de estudá-los e preparar vacinas ou
antivírus. Estes vírus, mesmo sendo
produzidos e criados e laboratório, serão tão fatais ou mais que os vírus
gerados em ambientes naturais.
Podem ser mais mortíferos porque fortalecidos de forma
controlada para produzirem efeitos mais danosos e fatais.
Assim é que nossa política, no alvorecer do século XXI
conseguiu se constituir no grande laboratório produtor de vírus, vermes e
bactérias dos mais variados tipos e matizes.
Por exemplo: o vírus “cachoeira” o que seria, como se
produziu, e como prosperou nas barbas do estado brasileiro?
É claro e patente que o grande catalisador de seu
surgimento e crescimento é o caldo de cultura corrompido e promiscuo que o
laboratório da nossa política conseguiu produzir.
Criado em laboratório, para algum objetivo obscuro e
inconfessável, escapou dos tubos-de-ensaio ou das estufas onde era mantido em
observação constante, alimentado e fortalecido.
O vírus cachoeira é o orgulho da nova ciência
política. O top dos vírus. Conseguiu chegar dentro da estrutura do poder em um
nível onde nenhum vírus conseguira até então.
O mensalão já era a gloria da política e antes mesmo
de conseguirem erradicá-lo surge outro mais robusto e insinuante.
Espalhou seus tentáculos em tal extensão dentro das
estruturas dos três poderes que não se sabe se é possível combatê-lo sem
combater o Estado. Na verdade é o Estado contra o estado. O Estado democrático,
de direito, contra o estado marginal e corrupto.
Não estou falando em revolução. Seu
romântico tempo já passou. E o Estado, este grande enigma, sempre tão zeloso
com suas curadorias, suas procuradorias, suas CPIs, suas policias
especializadas, se vê diante de um grande dilema: Como matar a doença sem matar
o paciente.
E o paciente é o Brasil. Alias muito paciente por
sinal. Como paciente e pacato é seu povo. Sempre tão bonzinho, pagando e
votando. Pagando os maiores impostos do planeta e votando no mais sórdido
modelo político que podemos imaginar.
Quem sabe não esta na hora de começarmos as conclamar
pelas redes sociais uma nova política. Uma política que não ofereça campo de
cultura favorável a proliferação destes vermes e destas viroses, que se
espalham avassaladoras pelos meandros da política e do Estado.
Um bom começo poderia ser uma campanha para uma
política voluntária e sem salários. Pior do que a que aí está não poderia ser.
João Drummond
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