sábado, 30 de julho de 2011

JOÃO DRUMMOND: Os Repórteres do Tempo

JOÃO DRUMMOND: Os Repórteres do Tempo: "A vida pulsa no Universo, segundo alguns cientistas, na velocidade de propagação da grande explosão original, (o big boom). Seu pulsar ac..."

Os Repórteres do Tempo




A vida pulsa no Universo, segundo alguns cientistas, na velocidade de propagação da grande explosão original, (o big boom).
Seu pulsar acontece dentro de um ponto em constante movimento que chamamos “presente”, e que corre numa linha de tempo que vai do passado remoto, pouco conhecido, ao futuro totalmente desconhecido, e sobre o qual só podemos fazer conjecturas.
No que se refere ao planeta Terra, o trabalho paciente e meticuloso dos arqueólogos, vai resgatando os indícios e sinais deixados para trás pelo complexo ecossistema em constante movimento e mutação.
O homem, a partir das escritas e pinturas rupestres tem contribuído decisivamente para que este quebra-cabeça da Vida chegue até nós, e que se monte peças visuais e auditivas que se aproximam tanto quanto possível da realidade que ficou para trás.
Como nada se perde nada se cria, tudo se transforma, podemos supor que os sons, imagens e odores produzidos pelo movimento da vida pulsante, tenham sido arremessados para os confins do Universo transportados pelas ondas de luz e pelos ventos cósmicos.
E quem sabe estes sinais não possam, a exemplo dos brilhos de estrelas que chegam ate nós, milhares de anos depois de extintas, dar a alguma civilização mais evoluída, e dotada de tecnologia sofisticada, (até mesmo o homem do futuro), o testemunho vivo e real, com sons, cores e cheiros deste movimento pulsante da vida?
A literatura e as artes plásticas evoluíram desde os tempos pré-históricos, e continuam a produzir registros deste movimento continuo, e a interferir no córtex cerebral, promovendo a inteligência do futuro, que terá como missão conduzir o bastão da corrida evolucionaria, ou então promover a nossa extinção como raça.
Quando lemos uma peça de Shakespeare ou Dante Alighieri, ou mesmo olhamos para um quadro de Michelangelo ou Da Vinci estamos sendo leitores de épocas que já se foram, mas que ditam o nosso destino. Só podemos saber para onde vamos se soubermos de onde viemos, e segundo alguns filósofos o homem que perdeu a memória de seu passado, caminha a esmo para lugar nenhum.
Com a mesma voracidade com que buscamos as notícias do dia a dia, nesta explosão de dados que a cultura binária se encarregou de multiplicar em progressão geométrica, devemos ficar atentos aos sinais resgatados do passado, porque o passado aponta o nosso futuro.
Cada artigo, crônica, poema, conto; cada quadro, desenho, pintura, foto, fazem parte deste acervo do conhecimento que deve servir às futuras gerações.
E hoje temos uma vantagem: podemos deixar para a posteridade também as imagens, os sons e até mesmo os cheiros que podem ser armazenados em essências.
Cada talento que se abre e prospéra, cada potencial artístico que não se rende a mediocridade da sociedade de consumo, é mais um repórter do tempo para contribuir com esta coleção de registros que contam a história de uma humanidade que evolui em seus erros e acertos.
E cada um nós, mesmo que não tenhamos consciência ainda, temos talentos em potencial e natural, que como uma promessa de vida, deve eclodir em algum momento e dar resposta à pergunta que tem sido feita a exaustão por pensadores de todos os tempos, que é: Qual é afinal o sentido da vida?
Se a humanidade aconteceu por acidente cósmico, então tanto faz quanto ao seu destino. Mas se na nossa existência existe uma intenção maior e velada à nossa limitada consciência, a resposta a esta pergunta acima pode estar na descoberta dos talentos que recebemos na memória genética, e principalmente, o que vamos afinal produzir como eles.


                                                                               João Drummond



quarta-feira, 27 de julho de 2011

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