quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Guerra Civil no Brasil?


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Onofre Ribeiro

A sensação de guerra civil vem crescendo no Brasil, num viés paralelo entre três segmentos: o Estado através dos seus organismos ligados à segurança pública e à justiça, os comandos organizados pelos “generais” dentro do sistema prisional, e uma crescente construção de fileiras de indivíduos recrutadas aqui fora, a partir dos presídios.

Uma das definições de guerra civil é: “Diz-se guerra civil a um conflito armado entre facções, partidos ou grupos de um mesmo povo, ou ainda a que ocorre entre povos ou etnias habitantes de um mesmo país. (...) A guerra pode ter motivos religiosos, étnicos, ideológicos, econômicos ou territoriais”. No caso brasileiro é mais sério, porque toda a sociedade paga impostos que consomem dos cidadãos quatro meses de trabalho por ano, mas sentem-se inseguros ou desprotegidos por uma guerra civil entre facções do Estado e facções criminosas.

A origem da criminalidade urbana é recente. Começou depois de 1970 com a urbanização brasileira e a marginalização de enormes camadas de pessoas que vieram do meio rural para cidades que não se prepararam para receber os fluxos. A favelização, a ausência de serviços essenciais de educação, de saneamento, de saúde pública, de transportes, de pavimentação das ruas, de legalização dos terrenos e o tratamento dos moradores como cidadãos de segunda classe. Sem educação adequada formaram camadas de trabalhadores braçais ou de segunda linha.

Nesse ambiente proliferou a baixa auto-estima e a competição com os cidadãos de primeira classe. Perdedores desde o início, os jovens dos últimos dez anos nessa condição viram no crime a saída imediata para os seus anseios de competição pelo consumo de bens pessoais, com um simples tênis ou roupas de marca. Cooptados pelo chamado crime organizado, tudo o que está acontecendo são jogos de mercado fáceis de serem compreendidos.

Paralítico ou míope, o Estado preferiu lidar com essas situações com o discurso político de ganha-ganha unilateral, não indo além da exploração dos votos dessas imensas camadas urbanas, mediante promessas de soluções futuras. E se desculpando sempre com a falta de recursos públicos, como essas camadas sociais não pagassem impostos e fossem desvalidos sociais mais ou menos descartáveis.

Agora, no momento em que eles se organizaram politicamente e tem comando centralizado dentro dos presídios, protegidos pelo Estado e salvos de sanções legais, as fileiras de soldados cá fora dos presídios se multiplica progressivamente e já confronta o Estado, com suas velhas táticas. Hoje, prender já não significa nada. No lugar do preso surgem novos voluntários, porque os “generais” presos nos presídios estaduais ou nos de segurança máxima garantem às suas famílias, renda, proteção, armas, planos de ação e um status social.

Aí estão as raízes da atual guerra civil. Voltarei ao assunto.

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso - onofreribeiro@terra.com.br
Postado por Jorge Serra

domingo, 18 de novembro de 2012

Haverá PT Alem de Lula?


A vida do PT se confunde com a do presidente Lula desde a sua fundação até os dias atuais. Daqueles petistas históricos, que participaram da sua fase embrionária, poucos permanecem no partido em seu formato atual, já bastante transfigurado em relação ao PT original.
O PT perdeu suas grandes bandeiras e hoje se debruça melancolicamente em causas que nada tem a ver com aquelas que o tiraram de seu nicho inicial e o lançaram no epicentro da macro política nacional.
De um partido que lutava pelas causas democráticas e sociais, e que num inspirado rompante de ousadia, ultrapassou as fileiras de suas militâncias mais fanáticas para ganhar a confiança e o objeto de esperança da maioria do povo brasileiro, o partido se debruça hoje em uma política medíocre, que visa, pela retórica complexa e confusa defender algumas de suas lideranças decaídas.
O partido não se mostrou sensível a este ponto quando defenestrou de suas fileiras membros mais independentes e dignos que já notavam o seu desvio histórico e o lodaçal onde ele submergia e sucumbia aos primeiros escândalos anunciados.
Só para citar alguns destes petistas notáveis que saíram levando com eles, em nacos consideráveis, a credibilidade e dignidade do partido:

Ex-ministra do Meio Ambiente no governo Lula, Marina Silva deixou o PT em agosto de 2009 afirmando ir "em busca de um sonho". Na época de seu desligamento da legenda, ela comunicou a decisão por telefone ao então presidente do PT, Ricardo Berzoini, e entregou uma carta em que justificou sua saída.
"Tenho a firme convicção de que essa decisão (de deixar o PT) vai ao encontro do pensamento de milhares de pessoas no Brasil e no mundo, que há muitas décadas apontam objetivamente os equívocos do partido.

Cristovam Buarque foi ministro de Lula. No início de 2004, deixou a pasta da Educação ao ser demitido por telefone pelo então presidente.
- Eu não saí do PT, foi o PT que saiu de mim. Este é o grande crime do PT. O partido é de gente honesta, mas acomodada. A corrupção é de alguns petistas - disse na época o senador.

Heloísa Helena não saiu da legenda por conta própria. Foi expulsa da sigla em 14 de dezembro de 2003 junto com outros companheiros, como Babá e Luciana Genro, por não concordarem com as decisões do PT e se voltarem contra elas. Juntos, eles criaram o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). O deputado Chico Alencar, também ex-petista, filiou-se à nova sigla.
O mesmo caminho foi repetido por Plínio de Arruda Sampaio, um dos fundadores do PT. Ele foi, inclusive, o autor do estatuto do partido. Por não concordar com o rumo político do PT, desligou-se do partido no fim de 2005 para ingressar no PSOL.

Outro fundador do PT a deixar o partido em 2005 foi Hélio Bicudo. Vice-prefeito de São Paulo de 2001 a 2004, durante a gestão de Marta Suplicy, ele veio a público ano passado declarar apoio à Marina Silva no primeiro turno. No segundo turno, apoiou José Serra (PSDB).

E não foi o único. Fernando Gabeira, atualmente no PV, também ficou ao lado do tucano na eleição presidencial. Ele deixou a sigla em 2003 por discordar da política ambiental do governo Lula. Também ex-membro do PT, Soninha coordenou a campanha de Serra na internet. Agora, ela faz parte do PPS.

Outro importante membro do partido, Frei Beto expressa no livro A Mosca Azul, sua decepção e desilusão com os rumos tomados pelo PT após sua ascensão ao poder.

Afinal o que defendem hoje seus fanáticos serviçais e adeptos? Quais importantes estandartes lhes servem em sua ideologia distorcida e diluída nas poluídas teorias dogmáticas que abrem mão da ética, e dos valores que rezam em seu próprio estatuto?

Apregoam estatísticas e números para defender a qualidade de sua política, como se tais argumentos lhes oferecem salvo conduto para agir acima e alem da lei e da ordem.
Usam seus programas sociais como meio de convencimento e chantagem, diante de um povo fragilizado em seus meios de sobrevivência e informação.

Os resultados de sua política são uma grande conquista de um povo que vota e trabalha, e o PT em determinado momento teve nela seus méritos. Mas os retrocessos em sua visão ideológica só não são percebidos por partidários mal intencionados ou ignorantes, ou mesmo por aqueles que em seu fanatismo, se tornaram imunes a uma visão mais critica a respeito de sua trajetória política.

Com a derrocada física e política de Lula a quem ficará o encargo de conduzir o PT em seu futuro próximo? Qual líder petista terá a difícil missão resgatar sua memória, imagem e ideologia original?

Ou o PT se tornará a mesma massa disforme que vitimou o PMDB depois de Ulisses Guimarães. Um partido gigantesco em tamanho mas minúsculo em sua missão e propósito, mais preocupado em empregar seus partidários e defender membros condenados de forma justa e legitima por crimes variados contra as leis do Brasil.

                                                                                

                                              João Drummond

Penso, Logo Desisto (mesmo pensando positivo)


Pensando bem...pensar dá trabalho. Desde o advento do poder do pensamento positivo, sob os auspícios do Dr. Dale Carniege e posteriormente do seu discípulo brasileiro, o Dr. Lair Ribeiro, tenho feito o exercício, todo santo dia ao acordar, de repassar mentalmente as tarefas por resolver a curto prazo, e antes de dormir, um balanço positivo do que foi resolvido efetivamente naquele dia. Dedico-me também nestes entre - espaços a viajar na maionese dos meus sonhos.
Pensamos sempre com metas de curto, médio e longo prazo, com o objetivo de alcançarmos as sonhadas prosperidade e felicidade.
Vez por outra estes pensamentos tão bem dirigidos, são atacados e vencidos por idéias degradantes e pensamentos negativos, estes pequenos invasores vindos, sabe Deus de que tempo e lugar.
Talvez de nossos arquivos mentais ou de alguma radio transmissora de alta freqüência, quem sabe operada da outra dimensão, pelo mal afamado Murphy, propositor da famigerada lei que leva o seu nome.
Mesmo com todo o poder do pensamento positivo, nestes tempos cabeludos, a Lei de Murphy acaba por prevalecer, em muitas destas tentativas de resolver problemas do cotidiano, e de construir os planos para o futuro.

Enquanto penso nas vendas por fechar, lembro-me do sócio rabugento dizendo que se não vendermos mais a firma vai quebrar.
Quando me vejo sobre Mediterrâneo, pilotando meu próprio avião, no noticiário estão dizendo: subiu o preço do feijão.
Num momento estou fazendo planos para a minha futura vida milionária, logo minha mulher me lembra que tenho que comprar remédio para infecção urinaria.
Estou me vendo nas férias, esquiando nas montanhas nevadas de Bariloche.
─ Porque você não passa as férias em Pirapama? Meu filho ensaia em deboche.
Em outro momento estou caminhando pelas praças e ruas de Paris.
Minha filha me pede para comprar remédio para entupimento de nariz.
Quando estou fazendo as contas para comprar ações da Aracruz, minha mulher me lembra que tenho que pagar a conta de luz.
Estou velejando no meu iate milionário. Diz a empregada que deu cupim na porta do armário.
Em meus sonhos levo uma vida bem sucedida e agitada. Alguém grita para chamar o bombeiro porque entupiu a privada.
Estou pensando em voz alta sobre os planos para comprar um carro importado. Minha mulher me interrompe: ─ Mas antes vá até mercearia e me traga palmito enlatado.
Em momentos de baixo astral, percebemos que nossos grandiosos sonhos são sabotados, ainda na prancheta do imaginário, pelos pequenos e inconvenientes problemas do cotidiano.
Nossa muralha de otimismo e atitude positiva, construída com horas e horas de meditação e reflexão, às vezes ameaça desabar, diante destes dissabores do dia a dia, que como os cupins na porta do armário, tentam sem descanso nos levar a derrocada final.
Já ouvimos mais de uma vez que não devemos nos levar muito a serio, e que uma de nossas maiores habilidades, quanto sobreviventes, é sabermos rir de nós mesmos.
Neste processo de refluir do pensamento vamos aprendendo que sonhos são apenas sonhos e que podem se realizar ou não. Aprendemos também a desmistificar algumas crenças que desenvolvemos desde cedo, a respeito de sucesso, prosperidade, felicidade, poder e status.
Entre estes pensamentos conflitantes tão bem representados por mestres como Dale Carniege, Lair Ribeiro, e Murphy, e as experiências do cotidiano, entremeadas pelos sonhos e utopias vamos construindo um modelo que é só nosso.
É com estes modelos pessoais e exclusivos que acreditamos um dia arrogantemente, podermos mudar o mundo, e no final refluímos para objetivos mais modestos, como mudarmos apenas a nos mesmos, nos tornando pessoas melhores a cada dia.
Quem sabe fazendo com que, alem das nossas cinzas e heranças, nossas idéias nos sobrevivam alem, muito alem, do poder, do status e da gloria pessoal que poderíamos conquistar ou ter conquistado. Talvez até fazendo a diferença para alguém que realmente precise delas, quando estiver a atravessar o mar revolto e turbulento de seu próprio pensamento.


                                                                   João Drummond





sexta-feira, 2 de novembro de 2012

De Mesada a Mensalão, (Ou da Inocência à Corrupção)


Um dia destes, um amigo me dizia que seu neto de 9 anos, reclamara que a mesada que recebia do seu pai era muito pequena. Não dava pra nada. Pedia ao ele, seu avô, que intercedesse junto ao “velho” para que a aumentasse. Afinal estava indo muito bem na escola, era um menino bem comportado e merecia muito bem um mensalão.
Mensalão. Esta palavra entrou recentemente e definitivamente em nossas vidas e seu significado ainda não consta nos dicionários formais e oficiais. No informal é associado à pagamento de propinas contra atos de corrupção de forma constante e periódica.
Disse o amigo, que perguntou ao neto se ele sabia o significado daquela palavra.
─ Claro, (disse), deve ser uma mesada grandona. Antes eu achava que era mesadão, mas depois que vi na TV..., mesadão é muito estranho, mensalão é melhor.
Para não ter que explicar ao garoto o seu significado, tentou fazê-lo aceitar a expressão mesada grande, mas o neto explicou que usar duas palavras nestas horas ia contra o espírito e a objetividade dos negócios. Era muito mais fácil cobrar do pai todo mês, um mensalão que uma mesada grande. Vamos que o pai estivesse com uma baita pressa e resolvesse ouvir só a primeira palavra, antes de abrir a carteira e sair correndo para o trabalho. Mensalão não deixaria duvidas quanto ao montante a ser repassado.
Havia certa lógica naqueles argumentos, e meu amigo achou por bem perder algum tempo explicando para o neto o significado real daquela palavra, que surgira assim do nada, e ganhava manchetes todos os dias.
─ Mensalão (começou) é uma coisa ruim. Não tem nada a ver com mesada, etc., etc. e tal.
Depois de ouvir atentamente a explicação do avo, o menino perguntou:
─ Quer dizer que mensalão só pode ser cobrado se a pessoa estiver fazendo algo errado?
Ante a afirmativa àquela pergunta simplista, (para encerrar o tema), o neto retrucou em voz baixa:
─ Então já sei como cobrar do meu pai um mensalão. Sabe a Jacira, a empregada lá de casa? Tem dias que, quando a mamãe vai para ao salão ou ao supermercado, meu pai entra no quarto dela e fica lá quase uma hora. Quando ele percebe que eu vi, diz que estava consertando da TV dela, e pede para eu não dizer nada para minha mãe.
Vou dizer para meu pai que se ele não me der um mensalão, vou contar para minha mãe que ele fica consertando a TV no quarto da Jacira quando ela não está.
Meu amigo perdeu a paciência e ralhou com o neto, dizendo que aquilo que ele queria fazer era chantagem, e encerrou o papo pensando que teria que ter uma conversa séria com seu filho.
A verdade é que o garoto lhe dera um tremendo nó cego na cabeça, e sem saber se aquela situação toda seria hilária ou trágica, o meu amigo passou a uma longa reflexão sobre atos de corrupção pública e privada, e os efeitos de sua exposição constante nos meios de comunicação para esta geração tão ligada e esperta.
Os meninos e meninas já crescem vendo traições e trairagens nas novelas em horário nobre, convivem com noticias de atos de corrupção como algo banal e rotineiro, assistem à violência crescente e gratuita como fatos normais do dia a dia.
Será que dá para falar em educação familiar e escolar, contra esta avassaladora onda de deseducação que abestalha e corrompe nossos filhos e netos?
Perguntei-me mentalmente se aquelas expressões de amargura e decepção do meu amigo tinham como pivô seu filho ou seu neto. Ou ambos?
Na verdade ele estava transportando uma questão particular para o mundo das generalidades. E com certeza não era dilema só dele, mas de toda uma geração vitimada pelo tsunami de conceitos e informações, que através das novas tecnologias da comunicação, rasgaram antigos e sólidos terrenos de crenças e valores.
Para a geração que cresceu jogando bola de pano, bolinha de gude, finca e outras brincadeiras parecidas, que viveu a época em que o professor, o prefeito, o policial, o padre e o juiz eram figuras acima de qualquer suspeita, estes novos tempos que escancaram toda a sordidez da natureza humana, inclusive para as crianças, são de difícil compreensão e assimilação.
Não que esta sordidez não existisse antes, mas as crianças estavam protegidas em sua aura de inocência e candura, em um mundo só seu. Acreditar até em Papai Noel era possível então. Quando nossas crianças estão perdendo sua inocência?  Quando flagram os pais nos anti-exemplos? Quando são exploradas de todas as formas por interesses mesquinhos, escusos e pervertidos? Quando tem a sua frente, em janela particular e solitária, a um simples clique, todas as imagens e sons de uma cultura doentia e depravada?
Vivemos enfim uma época em que um avô não consegue mais explicar ao neto o que é uma simples palavra, (muito menos mensalão), que um filho acha um jeito de cobrar propina ou mensalão do pai que entra sorrateiro no quarto da empregada, ou que um pai não consegue fazer um filho menor de idade crer que estava candidamente consertando a TV da Jacira.
A TV da sala já mostrara o lado oculto e sórdido destas histórias, enquanto o garoto tomava seu chocolate com biscoito, ao pé do sofá, onde seus pais, permaneciam atentos e alienados, ligados no jornal das oito e trinta, ou na novela das nove.


                                      

                                                  João Drummond




sábado, 20 de outubro de 2012

Um Tímido no País do Carnaval


Desde que me entendo por gente, fui tímido e nunca me orgulhei desta característica. Acreditava que timidez era um traço genético de natureza irreversível.
A esta crença se somou outra, segundo a qual timidez era sinônimo de fraqueza, covardia, falta de personalidade e até mesmo carência de hombridade.
Passei a crer também que timidez era uma espécie de “maldição dos fracassados”. Eu seria desta forma, mais um “nascido para fracassar”. Ser tímido não é tão grave assim se a pessoa aceita esta condição e sabe levar isto numa boa. Mas eu rejeitava de maneira radical a idéia de ser tímido, por representar, para mim, a figura do morto/vivo social.
Por outro lado via na pessoa que falava alto, tinha movimentos largos, expansivos, forte aperto de mão, como o mais evidente exemplo de pessoa bem sucedida. Esta idéia perdurou até que eu conhecesse os políticos.
Perguntei-me muitas vezes se a timidez é mais fácil de ser vivida ou mesmo superada, em sociedades de natureza mais reservada e contida.
Será que ser tímido no país do carnaval é diferente de ser tímido no país da valsas ou das sonatas?
Mas para mim ficou claro que ser tímido numa sociedade descontraída, própria dos povos tropicais, tornava a pessoa mais evidente que um ET.
Não ia aos bailes de carnaval, e muitos achavam que era por falta de gosto.  Viam naquele comportamento sinal de desanimo que não combinava com uma pessoa jovem como eu. Os conselhos não faltavam: Você tem que sair, se divertir, namorar, tomar umas e outras.
Não é que não gostasse daquilo tudo. Mas é que eu me sentia tão observado e cobrado que me inibia cada vez mais.
A timidez segundo pude constatar mais tarde, uma vez não superada, pode levar uma pessoa a distúrbios psíquico/emocionais mais graves.


Cidade Santa Rita do Sapucaí – Sul de Minas Gerais - Escola Técnica Francisco Moreira da Costa - Ano 1969

Minha chegada a Santa Rita se deu em janeiro, época das provas vestibulares. Meu pai me acompanhou nesta viagem, e tendo conseguido vaga para mim no alojamento da escola, voltou no dia seguinte para nossa cidade de origem Sete Lagoas. Era o ano de 1969 e eu estava na época com 16 anos.
Após as provas de admissão fiquei em Santa Rita, esperando os resultados. A distância entre as duas cidades desestimulava viagens freqüentes.
O resultado das provas foi positivo e resolvi permanecer até o inicio das aulas, em março.

Santa Rita era uma típica cidadezinha do interior de Minas com população em torno de doze mil habitantes. A pracinha central com a matriz era o ponto de referencia de quem ali chegava.
A cidade tinha sua população acrescida de jovens de todas as partes do Brasil e até do exterior por abrigar duas importantes escolas: a ETE - Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa e o INATEL - Instituto Nacional de Telecomunicações, educação de nível superior.

Segue....






quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Artigo 231 do Estatuto do PT: ‘Serão expulsos os companheiros condenados por práticas administrativas ilícitas’


Augusto Nunes

Parece mentira, mas houve um tempo em que não era preciso tirar as crianças da sala nem esconder os objetos de valor quando um dirigente do PT aparecia para uma visita inesperada. No fim do século passado, por exemplo, o partido reivindicava o monopólio da ética sem que o país reagisse com uma gargalhada nacional. E o deputado José Dirceu berrava que “o PT não róba nem dexa robá” sem se arriscar a ser imediatamente internado no hospício ou transferido para um picadeiro.

Fantasiado de guardião do templo das vestais, Lula confiscou de Paulo Maluf o título de maior ladrão do Brasil para entregá-lo a José Sarney, qualificou Fernando Collor de “trombadinha” e comunicou que, como o Congresso estava infestado por 300 picaretas, resolvera abandonar a vida de deputado para dedicar-se em tempo integral ao ofício de candidato a presidente. “Pode ter alguém igual, mas mais honesto que eu não conheço ninguém”, gabava-se o grande farsante sem ser varrido do palco por uma vaia de domingo no Maracanã.

Redigido nessa época, o ESTATUTO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES preveniu no artigo 231 do CAPÍTULO III ─ DAS PENALIDADES que seriam tratados sem clemência companheiros envolvidos em bandidagens comprovadas. O inciso XII explicita um dos casos aos quais será aplicada a pena de expulsão: “Condenação por crime infamante ou por práticas administrativas ilícitas, com sentença transitada em julgado. Parágrafo único: A pena de expulsão implica o imediato cancelamento da filiação partidária, com efeitos na Justiça Eleitoral”.

O estatuto seria apenas outra melancólica evidência do naufrágio moral de um partido se não tivesse sido ratificado pela convenção nacional realizada em 9 de fevereiro deste ano. Se fossem mais prudentes e menos presunçosos, os Altos Companheiros teriam riscado ao menos esse trecho do palavrório. Dispensaram-se de tais cautelas por acreditarem nos superpoderes do único deus da seita: Lula garantiria a todos o direito à eterna impunidade. Até aos quadrilheiros do mensalão instalados no banco dos réus do Supremo Tribunal Federal.

E agora que deu tudo errado? O STF já condenou por corrupção ativa os mensaleiros José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares e, por corrupção passiva, o deputado João Paulo Cunha. Antes do primeiro semestre de 2013, com a publicação do acórdão, a sentença terá transitado em julgado. E então? O que fará o PT? Vai expulsar os quatro ou revogar o estatuto?

Caso prevaleça a segunda opção, convém afixar na porta de todos os diretórios do partido o mesmo aviso: “Liberada a entrada de corruptos de confiança”.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Nem na Corrupção o PT é Original. Copiaram do PSDB.


O pessoal do PT se gaba tanto da sua política inovadora e original, mas até a corrupção foi copiada do PSDB. O Mensalão do PT foi inspirado no Mensalão Mineiro ou Tucano que ajudou a financiar a campanha de Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais.
Já passou da hora da justiça correr atrás do original. Vamos cobrar. Só para recordar:

Mensalão mineiro, é o escândalo de peculato e lavagem de dinheiro que ocorreu na campanha para a eleição de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) - um dos fundadores, e presidente do PSDB nacional - ao governo de Minas Gerais em 1998, e que resultou na sua denúncia pelo Procurador Geral da República ao STF, como "um dos principais mentores e principal beneficiário do esquema implantado", baseada no Inquérito n.o 2280 que a instrui, denunciando Azeredo por "peculato e lavagem de dinheiro"
O valerioduto tucano foi um esquema de financiamento irregular com recursos públicos e doações privadas ilegais à campanha à reeleição em 1998 do então governador mineiro e atual senador Eduardo Azeredo (PSDB), montado pelo empresário Marcos Valério.
Novas apurações devem envolver, entre outras, cinco pessoas ligadas à Cemig (estatal de energia mineira), quatro à Comig (estatal de infra-estrutura mineira, atual Codemig), uma à Copasa (estatal de saneamento mineira) e dois à gráfica Graffar, que teriam desviado recursos da Cemig para a campanha de Azeredo.
Em denúncia apresentada dia 20 de novembro de 2007 ao Supremo Tribunal Federal, o Procurador Geral da República denunciou que o esquema criminoso, que veio a ser chamado pela imprensa de "mensalão tucano", foi "a origem e o laboratório" do episódio que ficou conhecido como Mensalão.

"Vários delitos graves foram comprovados, sendo que parte deles integra a presente imputação, enquanto os demais deverão ser apreciados nas instâncias adequadas."
"Além disso, inúmeras provas residentes nestes autos reforçam o já robusto quadro probatório que amparou a denúncia apresentada no bojo do Inquérito n.o 2245 (Mensalão)."
"A inicial penal em exame limitar-se-á a descrever os delitos que tiveram o comprovado envolvimento do Senador da República Eduardo Azeredo e do Ministro de Estado Walfrido dos Mares Guia, bem como os crimes intimamente a eles vinculados."
Antonio Fernando denunciou 15 políticos por peculato e lavagem de dinheiro e afirmou que o esquema montado pelo publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza para injetar dinheiro público na campanha do tucano Eduardo Azeredo (PSDB-MG) foi "o laboratório" do mensalão nacional - cuja denúncia foi aceita pelo STF, em quase sua totalidade, em agosto de 2007. As investigações atingem o secretário do governador mineiro tucano Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à presidência da república em 2010.
Segundo a denúncia do Procurador Geral da República, ficou claro que o modus operandi dos fatos criminosos apurados nos processo do mensalão teve a sua origem no período da campanha de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) para Governador do Estado de Minas Gerais no ano de 1998".
Embora negue conhecer os fatos, as provas colhidas desmentem sua versão defensiva. Há uma série de telefonemas entre Eduardo Azeredo, Marcos Valério, Cristiano Paz e a empresa SMP&B, demonstrando intenso relacionamento do primeiro (Eduardo Azeredo) com os integrantes do núcleo que operou o esquema criminoso de repasse de recursos para a sua campanha.
Em 3 de novembro de 2009, Azeredo começou ser julgado no Supremo Tribunal Federal. Em 3 de dezembro de 2009, por cinco votos contra três, o plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu abrir ação penal contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e torná-lo réu por envolvimento em um esquema de caixa dois durante sua campanha para reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998, que ficou conhecido como mensalão mineiro.


                                                                             João Drummond

Existe Uma Imprensa Livre?


Podemos afirmar com certeza quer existe uma imprensa livre, soberana, autônoma, desapegada de interesses políticos/financeiros?
Num primeiro momento esta expressão é vista como clichê assim com luta democrática, direita conservadora, esquerda progressista e até mesmo estado democrático.
Considerada o quarto poder, a Imprensa, como instituição, passou a ser vista como a entidade que detém o monopólio da informação e o controle da opinião publica em favor de interesses particulares e exclusivistas, mesmo quando está a serviço de órgãos públicos.
Nos grandes jornais e revistas as opiniões de colunistas, articulistas, comentaristas não podem correr livres e soltas como se pensa a principio, já que devem passar pelo crivo do editor-chefe.
A liberdade de expressão nestes veículos de comunicação é relativa e a contratação de profissionais ou a aceitação de parceiros leva em conta características e tendências que coincidam ou façam ressonância com sua linha editorial.
Isto porque qualquer jornal tem como sua maior fonte de rendas, não a venda de seus produtos (noticias, matérias), mas as contas de seus patrocinadores, e verbas de publicidade.
A verdade dos fatos, embora oferecida muitas vezes como ponto de venda e carro chefe da empresa de comunicação, não pode ser exibida de forma explicita quando conspira contra seus interesses financeiros.
As empresas de comunicação podem ser vistas como um comércio qualquer, cuja linha de produtos é extremamente perecível e tem vencimento cada vez em menor prazo.
Os grandes jornais costumam abrir espaco para o leitor e usar a expressão “as opiniões aqui expostas não refletem necessariamente a linha editorial do jornal”.
Isto permite que leitores postem suas opiniões em pequenas notas e isenta o jornal de responsabilidades quanto sua natureza.
Já uma matéria completa ou reportagem de autor autônomo poderá ser publicada, desde que em espaço comprado, ou então que atenda a interesses da empresa jornalística.
Os chamados Freelancers em jornalismo passaram a ser uma opção interessante para estas empresas, e atuam como caçadores de furos de reportagem. Estas por sua vez são analisadas pelo editor-chefe em dois parâmetros: que tenha apelo midiático e que não ofenda a interesses dos patrocinadores.
Portanto podemos afirmar com toda certeza que não existe imprensa livre no que refere a empresas de comunicação de qualquer porte, estabelecidas legalmente como comercio de noticias e espaços publicitários.
Então voltamos à pergunta inicial: Existe imprensa livre e se sim, onde ela atua afinal?
Creio que esta imprensa existe e pode ser encontrada na Internet, em blogs particulares e sites literários e de opinião que abrigam autores leigos e autônomos, que tem na função de escrever um gosto pessoal e não um negócio lucrativo.
Estes blogs e sites podem até agregar interesses de cunho financeiro de forma pulverizada, que buscam pelos cliques e acesso de leitores, passar sua publicidade.
Nestes blogs particulares e sites o controle de acesso é sugerido e até mesmo imposto pelo provedor quanto à publicação de conteúdos inadequados por faixa etária, mas a opinião do autor não sofre nenhuma restrição quando sua natureza.
Ali cada qual pode dizer o que pensa de verdade e seu trabalho, (que não é fácil) se resume a conquista de novos leitores seguidores, pela qualidade do conteúdo que conseguem produzir.
Para o leitor com acesso a rede, existe uma quantidade infinita de matérias e conteúdos, a maioria de baixa ou nenhuma qualidade. Mas ele pode escolher com liberdade dentro deste o espaço, aquilo que precisa, lhe serve ou o agrada mais.
Discriminando desta forma o que lê ou assiste se qualifica como leitor, e obriga que do outro lado, autores que buscam reconhecimento e aprovação se qualifiquem neste trabalho de imprensa espontânea e autônoma.
Esta é a que mais se aproxima de uma imprensa livre já que formada em boa parcela por autores e jornalistas leigos cujo único compromisso é com os que eles pensam e crêem de verdade.  

                                                                          João Drummond






domingo, 14 de outubro de 2012

Entre a Presunção de Inocência e a Certeza da Culpa (No Império da Livre Informação)


Nós, pobres mortais, cidadãos, eleitores e contribuintes, vivemos numa zona fantasma qualquer entre a presunção de inocência e a certeza da culpa. A teoria do domínio do fato se aplica a qualquer um de nós na hora de cumprir a lei. O conjunto de leis que compõe a Carta Magna é o campo de batalha de juristas e advogados, quando o caso é notório, tem apelo midiático, e envolve muitos interesses e grana alta. Todas as leis podem ser questionadas e colocadas em duvida se o réu é conhecido e puder bancar com os honorários de especialistas em direito.
Mas para o cidadão comum o Estado tem certeza de sua capacidade financeira na hora de cobrar impostos, tem absoluta certeza que os péssimos serviços públicos servem bem a ele, que afinal tem papel de menor importância na trama social, (só pagar e votar).
A justiça, tem toda a certeza do mundo ao aplicar a lei ao cidadão que comete pequenos delitos de qualquer natureza. Afinal tem ele a obrigação de saber o que é legal ou não. E quem vai se importar que um anônimo qualquer seja penalizado na surdina, por crime de menor monta, se o caso não aparecer nos jornais?
Casos que atraem a atenção do grande público e que envolvem figuras notórias são emblemáticos e escancaram nossa sordidez e o caráter doentio da sociedade contemporânea.
Assim é que, querendo ou não, entre as rotinas de trabalho e lazer, entre as idas e vindas ao supermercado somos irremediavelmente envolvidos nestas novelas da vida real, que circulam por todos os meios e formas como o ar que respiramos.
“O goleiro Bruno vai ser julgado em novembro”, “Max foi morto na novela das nove”, “Jose Dirceu foi condenado por corrupção ativa pelo Supremo”.
Tudo parece fazer parte de uma trama única com núcleos e enredos paralelos que provocam para o bem ou para o mal nossos valores, nossas crenças e nos inserem como involuntários atores coadjuvantes.
A presunção da inocência nos acena como doce alento enquanto da certeza da culpa pesa sobre nossas cabeças como uma espada de fogo.
Quando o caso vai para a mídia já somos convocados sem direito a desculpas para a guerra que está a ser travada. Fomos informados do fato e temos que nos posicionar. Não dá para ficar neutro, omisso, alienado pelo menos no pensamento, ainda que o façamos fisicamente.
“Homem nenhum é uma ilha”, já nos imputava John Donne, poeta jacobino inglês, pregador e o maior representante dos poetas metafísicos da sua época.
Por mais que tentemos nos esconder na caverna de nossa indiferença, uma janela se abrirá, um som atravessará as grossas paredes, uma folha trazida pelo vento nos conclamará a participação desta grande tragicomédia da vida.
Com não ser seduzido pela força? Como se tornar apátrida da nação que tem em seu cerne a informação? Como ser um desertor desta batalha?
Forjamos nossas crenças ao longo de uma vida, e estas crenças têm relação direta com as coisas que nos interessam. É mais fácil crer naquilo que pode nos render algo, e é mais lógico ceder à inércia do que já sabemos, do que parar, pensar e mudar crenças sobre interesses alheios.
É por isto que se Bruno goleiro vai ser punido exemplarmente, se José Dirceu vai repensar suas lutas no presídio, ou se o assassino de Max vai ser descoberto e desmascarado na novela das nove, ou se todos vão permanecer impunes, não vai fazer a mínima diferença.
Alguns vão se regozijar, outros vão se espumar de raiva enquanto caminham para o trabalho ou para o supermercado. Não faltaram, no dia seguinte, novos vilões, novas vitimas e novos fatos para relegar aqueles primeiros ao esquecimento ou ao arquivo de fotos e documentos.
Não nos faltaram dramas, contos de fadas, sonhos, festejos, julgamentos, linchamentos e mensalões que nos livrem por alguns momentos da nossa terrível miséria e solidão.



sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Supremo revoga condenações e extingue processo do Mensalão


Brasília Urgente
Agencia ADL – 12/10/12


Em decisão surpreendente e inédita, na tarde desta quinta feira, (dia (12/10), o Supremo Tribunal Federal, reunido em caráter de emergência, voltou atrás em decisões anteriores, inocentou todos os réus, e extinguiu por erros processuais graves o processo 470, conhecido popularmente como Mensalão.
O questionamento partiu do ministro revisor Ricardo Lewandowisk, que acionou o artigo 50 da constituição federal, que trata das garantias e direitos individuais, após analise do mandato de segurança interposto pelo advogado Márcio Tomaz Bastos.
As condenações de José Dirceu, José Genuíno e Delúbio Soares foram revogadas com base no mérito de questão e por falta de provas concretas e objetivas.
A partir desta decisão que eliminou a existência e atuação do núcleo político do esquema criminoso, a chamada arvore processual ruiu, já que a tese central não se sustentava sem o pressuposto da existência de lideres e mentores do Mensalão.
Mem mesmo a suposição de que Delúbio Soares comandara todo o esquema de forma autônoma e solitária, sustentaria e explicaria a tese do Mensalão, considerando que ele era apenas o contador do partido e deveria prestar contas rotineiras à direção do PT.
Delúbio não teria o perfil, os motivos e as oportunidades para, com desconhecimento total da direção do PT, agir de forma autônoma em um esquema que girou milhões de reais de forma suspeita entre os anos 2003 e 2005.
A tentativa do ministro Joaquim Barbosa de nomear como novo cabeça da trama, o publicitário mineiro Marcos Valério, não vingou porque toda a tese em que se baseia o processo 470 ficaria comprometida.
Simplesmente não haveria como se explicar num processo com mais de 60 mil paginas, com provas abundantes colhidas na CPI do Mensalão, e nas investigações da policia federal e do ministério publico, como e porque o publicitário agiria comandando um esquema criminoso desta envergadura, que dependeria inclusive de interferências e influencia e órgãos e instituições publicas.
As investigações sobre o processo foram deflagradas a partir da publicação do vídeo em que Mauricio Marinho, ex-chefe de departamento dos Correios (DECAM/ECT), aparece recebendo e prometendo propina, segundo ele, sob as ordens de Roberto Jefferson.
O próprio Jefferson diante do escândalo, expôs de forma clara e com riqueza de detalhes o que era e como funcionaria o esquema.
A solução encontrada pelo Supremo a partir da extinção do núcleo político do esquema foi simplesmente declarar extinto também o processo 470.
Esta decisão polemica, segundo especialistas, deve promover graves conseqüências no ordenamento jurídico da nação, alem de repudio por grande parte da sociedade.

Nota - Esta é uma obra de ficção que busca mostrar que as decisões do Supremo no processo 470 foram corretas do ponto de vista jurídico e legal, e que a não condenação dos lideres do Mensalão, isto sim promoveria a insegurança jurídica.
Só a condenação dos núcleos financeiros e operacionais deixaria o Supremo sob suspeição. Creio que grande parte dos brasileiros está ciente de que a condenação de réus acusados de crimes de colarinho branco representa um avanço na promoção de justiça legal e social. Quem sabe uma promessa de que o Brasil deixe de ser finalmente o país da impunidade. Vamos continuar cobrando da justiça este compromisso com a democracia, 


                                                          João Drummond










Mensalão impactará crimes do colarinho branco


Autor(es): Por Cristine Prestes | De São Paulo
Valor Econômico - 05/09/2012


"Quanto maior o poder ostentado pelo criminoso, maior a facilidade de esconder o ilícito". A frase é de Rosa Weber e foi dita durante o julgamento do primeiro item do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). Com ela, a ministra mais recente a compor a Corte justificou seu voto pela condenação do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) por corrupção passiva, com o argumento de que essa facilidade justifica "a maior elasticidade na admissão da prova de acusação." As palavras de Rosa Weber foram repetidas ontem durante o Congresso de Combate e Prevenção à Lavagem de Dinheiro, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em São Paulo. Nele, a Ação Penal nº 470 surgiu diversas vezes entre os temas abordados pelos palestrantes e pelo público que os assistia - grande parte do setor financeiro.

Entre representantes de bancos, do governo, do Ministério Público e da Polícia, a crença é única: há uma mudança de paradigmas em curso no STF no que diz respeito à chamada persecução penal. "Muita coisa mudará depois da Ação Penal 470", diz o procurador Rodrigo de Grandis, do Ministério Público Federal em São Paulo. Segundo ele, o processo do mensalão, ao lado da nova Lei de Lavagem de Dinheiro - a Lei nº 12.683, deste ano -, são dois marcos na persecução criminal no Brasil.

De um lado, a nova Lei de Lavagem de Dinheiro aperfeiçoou o sistema de prevenção e combate ao crime ao incluir uma série de novos setores obrigados a comunicar operações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A legislação também deu fim ao chamado rol de crimes antecedentes, permitindo que qualquer tipo de crime possa ser passível de punição por lavagem de dinheiro.

De outro lado, o STF vem definindo uma nova jurisprudência para os crimes do colarinho branco. Entre as mudanças estão o entendimento sobre a necessidade de comprovação do chamado ato de ofício para sustentar condenações por corrupção passiva e sobre a possibilidade de uso de provas de CPIs e inquéritos policiais em condenações. Além disso, a Corte está em vias de formar seu entendimento sobre o crime de gestão fraudulenta de instituição financeira ao julgar executivos do Banco Rural no processo do mensalão. Segundo Rodrigo de Grandis, no caso do ato de ofício o STF superou uma jurisprudência de 40 anos ao julgar o mensalão. "As balizas do STF serão importantes para o combate a organizações criminosas", diz.

O delegado Disney Rossetti, coordenador geral do Centro Integrado de Inteligência Policial da Polícia Federal, afirmou que o STF finalmente está reconhecendo que o crime do colarinho branco não é o mesmo que um "assalto em um boteco de esquina". Segundo ele, o grande drama da persecução penal desse tipo de crime está no uso de métodos mais invasivos de investigação. "O problema mais sério é o probatório, cerne dos debates no caso do mensalão", diz. Rossetti afirmou ainda que a Corte costuma julgar apenas recursos em habeas corpus em matéria penal, o que faz com que tenha a função de analisar teses jurídicas, mas não as provas dos processos. "Agora ele está julgando fatos e teses jurídicas, e aí a coisa é diferente." Para Rodrigo de Grandis, os ministros do Supremo estão tendo a oportunidade de conhecer os problemas que o juiz de primeira instância, o procurador e o delegado enfrentam. "O Supremo está vendo como é um processo por lavagem de dinheiro."

O PT no Banco dos Réus?


O Partido dos Trabalhadores, desde a sua fundação até 2002, manteve seu eleitorado restrito a algo em torno de 20% , que era insuficiente para levar Lula à chefia do executivo nacional.
Ele foi o trigésimo quinto presidente da República Federativa do Brasil, cargo que exerceu de 1º de janeiro de 2003 a 1º de janeiro de 2011.
Como co-fundador e presidente de honra do Partido dos Trabalhadores (PT), Lula precisou lidar por anos com radicais que foram contra sua mudança de estratégia econômica após três derrotas em eleições presidenciais.
Esta mudança se deu quando o partido se tornou menos programático e mais pragmático, e a aliança com o PL de José Alencar permitiu que o PT abocanhasse maior fatia do eleitorado viabilizando a sua ascensão ao poder.
A partir daí o PT passou de ser um destino atraente de qualquer político que aspirasse uma carreira meteórica e bem sucedida.
O partido, antes de perfil ideológico, passou a receber em seus quadros, políticos de outros partidos, muitos deles com visão mercantilista e fisiológica.
Foi preciso a muitos destes, vencer o preconceito que nutriam pelo PT para aderir a seus quadros, afinal com a quebra do paradigma de sua ideologia original o partido se tornara promissor para uma boa e saudável política estomacal.
Durante a fundação do partido estavam com Lula, dentre outros os companheiros José Dirceu e José Genuíno, personagens, assim como o próprio Lula, lendários e ícones da luta contra a ditadura e da ascensão dos trabalhadores na política nacional.
A condenação recente de José Dirceu e José Genuíno por corrupção ativa, ouriçou os cabelos da nuca do PT. Sua política sempre tão solida e reconhecida, e que a exemplo do Terceiro Reich, prometia durar mil anos passou a ser questionada.
A solução dos ideólogos do partido foi colocar em campo seu time de articulistas e redatores para, num ataque em massa ao Supremo tentar emplacar a tese da conspiração das elites conservadores contra o avanço das políticas progressistas.
Vejam só que José Dirceu e José Genuíno foram (quase) condenados (ainda pode haver mudança de votos) por corrupção ativa, e apesar de seu valor relevante para a política nacional não são imunes às acusações desta natureza.
A imprensa a serviço do PT tentar mudar o foco da discussão a qualquer custo, sugerindo dentre outros absurdos que a condenação destes ex-dirigentes do PT, por corrupção ativa se deu sem provas, que o Supremo gera insegurança jurídica no Brasil com este processo, que estas condenações são um golpe nas políticas sociais.
Ora bolas, até os traficantes dos morros falavam em justiça social enquanto corrompiam jovens e matavam seus adversários.
O argumento de que o Supremo fora menos rigoroso com outros réus de crimes da mesma natureza, no passado recente, é outra perola plantada por esta imprensa dirigida a serviço do partido, como se ser frouxo, ingênuo ou formalista fosse sua natureza eterna. Talvez com isto contassem os membros do bando do Mensalão, em sua desenvolta e descarada ação.
A verdade é que o combate a corrupção em nada tem haver e em nada ameaça as políticas e a justiça social.
José Dirceu, José Genuíno e Delúbio Soares são apenas três personagens desta história, já os petista são milhões.  O problema é que o PT tenta transformar este julgamento numa luta insana contra dragões do passado que já estão mortos e enterrados.
Uma coisa é lutar contra a ditadura, outra é em regime democrático, tentar transformar um simples caso de corrupção, punido exemplarmente pelo Supremo, numa luta política e ideológica.
É aí que o PT se mostra arrogante e prepotente. Afinal enfrentou e ganhou da ditadura. Como deixar um bando de velhos caquéticos botarem o dedo acusatório na sua cara, sem reagir?
E creio que era exatamente isto o que pensavam José Dirceu e José Genuíno quando se enveredaram com a cara e a coragem na aventura mal sucedida do Mensalão
Talvez por isto tudo, e outras coisitas más o PT esteja se assentando sem ser citado ou convidado no bando dos réus.



                                                                       João Drummond

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Não Existem Mais Partidos de Direita Nem de Esquerda (Mas Toda Corrupção tem que ser combatida)


O espetro partidário já foi mais bem definido no passado. Ainda no tempo de triste memória da ditadura tínhamos de um lado a ARENA, partido da situação, e de outro MDB a oposição confiável e permitida pelos coronéis e marechais.
O Brasil teve um período bipartidarista durante 12 anos, entre 1966 e 1979, quando havia apenas a Aliança Renovadora Nacional(ARENA) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Oficialmente, o Ato Institucional Número Dois (AI-2), decretado em 1965, permitia a fundação de outros partidos políticos, mas criava pré-requisitos (como a exigência de 20 senadores e 120 deputados federais para se fundar um novo partido), o que na prática impedia a existência de mais do que duas agremiações.
Vivíamos o bipardarismo pleno. Com o avanço do processo de democratização no país chegamos ao pluripartidarismo que evoluiu para o modelo que conhecemos hoje.
Este espectro ideológico vai ficando cada vez menos definido e mais nebuloso, uma vez que os programas partidários, as ideologias, os discursos vem sendo atropelados por praticas que não se diferenciam dentre os partidos.
Não há mais nenhum pudor ao se compor alianças e a mais recente para a prefeitura de São Paulo escancarou esta tendência. Ver Lula e Maluf lado a lado apoiando Haddad, teria sido mais constrangedor em outras épocas.
Os projetos de poder passaram a ser mais importantes do que projetos de governo. Estes discursos sobre direita e esquerda, conservadores e progressistas etc, cheiram a ingenuidade ou a cinismo de torcedores fanáticos que não perceberam estas mudanças e se apegam ferrenhamente ao passado
Outro fato importante que bem exibe o enfraquecimento dos partidos é que o eleitor vota cada vez mais nas pessoas e menos nas siglas.
Estas se tornaram em componentes de uma sopa rala e sem gosto que colocadas juntas num mesmo cadeirão enganam aos militantes e partidários, mas não tem nenhuma serventia para o eleitor desmotivado e descrente.
Esta coisa de falar em elites conservadoras, partidos da mídia, forças revolucionárias, esteve na ordem do dia nos tempos de Guevara. Hoje este linguajar é ridículo.
Acho até que o PT ao assumir o poder cumpriu com seu papel histórico e com mais competência que partidos que o antecederam. Mas o PT não é mais o PT, aquele partido forjado nos sindicatos, nos núcleos eclesiais de base, na militância aguerrida. O PT com o poder ganhou também o topete, os vícios e os tiques nervosos daqueles partidos que ele tão bem se confrontava politicamente.
Atribuir a condenação de lideres decaídos do PT a uma conspiração das elites conservadoras contra o avanço das forças de esquerda, está bem ao feitio destas belas adormecidas do PT original, que continuam em seu sono eterno nos braços do Frankenstein que o PT atual se transformou.
A corrupção deve ser combatida com vigor seja de que partido for originaria, e esta sim é uma luta atual.
Assim como passaram a ARENA e MDB, assim como teve sua vez o PDS, o PMDB, o PSDB, assim também o PT está passando para dar lugar a algo novo, e que traga mais alento para este cidadão que tem na pratica política limpa e transparente uma aspiração mais atual e realista.
A luta contra a corrupção em todos os campos da atividade humana: esta sim está na ordem do dia, e não é preciso ser da elite conservadora e nem do partido da mídia para afirmar isto, mas apenas mais um que crê que a prosperidade que serve a todos vem do trabalho honesto, árduo e produtivo. E nenhuma teoria da conspiração vai mudar isto.


                                                              

                                                                             João Drummond









domingo, 7 de outubro de 2012

A implosão do Mito Lula terá resultado imediato?

O Mito Lula e sua desconstrução


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net 
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O mito Luiz Inácio Lula da Silva vive um momento terrível de desconstrução. Nunca antes na história deste país um ídolo político foi tão atacado como chefe de uma quadrilha prestes a ser condenada, com seus principais operadores já pressentindo o amargo desgosto do cárcere. O nível altíssimo de angústia e tensão, fatalmente, afeta seu humor, estado de espírito e, por consequência, a saúde – que inspira cuidados. Pior que isto só o estrago da imagem santificada por anos de marketagem.

O jogo de poder é cruel para gente como $talinácio. Nos esquemas de colonização globalitários, ao qual o Brasil é historicamente submetido, o suposto rei que perde o poder também fica, automaticamente, sem a majestade. Lula tornou-se mais um objeto descartável pela oligarquia financeira transnacional que controla os negócios mundiais – do capitalismo ou do capimunismo. Tornou-se cabra marcado para cair no ostracismo da História. A dúvida é se tal estrago será imediato ou apenas no longo prazo.

Enquanto servia diretamente como fantoche aos esquenas, globalitários foi poupado de todos os (poucos) ataques que sofreu. Agora, sem a caneta do Diário Oficial da União, é como uma fada que teve roubada a varinha de condão. A capacidade de mistificar foi radicalmente diminuída. Assim, o mítico herói tupiniquim começa a ser submetido a um processo de desconstrução da imagem que pode lhe ser fatal. Nem Getúlio Vargas tomou tanta pancada quanto Lula deve tomar.

Por ironia do destino, Lula sentiu que não é imune ao poder de destruição de um câncer. A Justiça divina o poupou. Mas, a partir de agora, o então poderoso chefão dos petistas também constata que não é mais imune ao rigor seletivo da Justiça dos homens. Como não tem mais o escudo do foro privilegiado do cargo de Presidente da República – agora sendo apenas um cidadão como outro qualquer – responde por tudo em que for denunciado na justiça comum – a mesma que costuma ser muito injusta com a maioria dos reles mortais.

O momento de terror vivido por Lula tem seu ponto evidente no julgamento do mensalão – que ele fez de tudo, nos bastidores, para tentar protelar. Agora, o recado dado por Marcos Valério – que o confirma como verdadeiro chefe dos “mensaleiros” – transforma um líder político bionicamente fabricado pelos esquemas globalitários em um mero chefete de uma quadrilha que vem assaltando o Brasil.

Alem do mensalão – e diretamente relacionado com tal escândalo que caiu na boca do povão, graças à exposição midiática do julgamento no Supremno Tribunal Federal -, Lula agora vira alvo de pequenos ataques que podem ser fatais. É o caso da “maldição dos velhinhos endividados”.

Lula é alvo direto de um processo por improbidade administrativa. Motivo: o Ministério Público Federal o acusa de um prejuízo de R$ 10 milhões aos cofres públicos, por buscar autopromoção, fazer publicidade pessoal e favorecer o Banco BMG, ao enviar a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social uma cartinha por ele assinada com informações sobre o programa de crédito consignado do governo federal – que se transformou em um inferno de dívidas para os idosos e seus familiares.

Uma ação de improbidade sobre o envio das cartas aos idosos tem conteúdo semelhante a um inquérito sigiloso em tramitação no Supremo Tribunal Federal. O caso foi aberto a partir da denúncia principal do mensalão. O inquérito apura “fatos relacionados às irregularidades no convênio firmado entre o Banco BMG e o INSS/Dataprev para a operacionalização de crédito consignado a beneficiários e pensionistas”. Por mera coincidência, dirigentes do BMG aparecem como réus no processo do mensalão.

Se o caso for denunciado pelo procurador-geral da República – que até agora se omite sobre um assunto de tamanha gravidade política e econômica -, e Lula acabar condenado terá de se aposentar politicamente. A pena fatal para ele é a perda dos direitos políticos por até dez anos – prevista na Lei de Improbidade Administrativa. Para um político, tal penalidade é muito pior que vários anos de prisão (que geralmente ajudam a transformar o condenado em coitadinho, contribuindo para a construção do mito político).

Sorte que Lula – ao contrário do velhinhos que ajudou a se endividarem - já é um aposentado de primeira linha. O chefão do PT não precisa pedir empréstimo consignado para sobreviver. Lula vive como rei graças à tríplice-aposentadoria. Recebe aposentadoria por invalidez do INSS, ganha outra aposentadoria do governo como anistiado político (por 11 dias que o amigo Romeu Tuma manteve o sindicalista com codinome “Boi” na cadeia, durante as famosas greves do ABC), além de mais uma aposentadoria a que tem direito como ex-Presidente da República.

O tríplice-aposentado Lula sabe que a coisa está preta. E não é só por causa do Joaquim Barbosa – que ele nomeou para o STF apenas para fazer média com a “comunidade negra”. O jogo político empretejou para Lula, simplesmente, porque é fatal para quem não dita mais as regras do poder. O Cabo da faxina de um quartel tem mais poder que um ex-Presidente da República.

Lula ainda posa de herói entre os ignorantes beneficiados por seus clientelistas esquemas de bolsas de compensação de renda. Ou entre aqueles que foram levados a acreditar no milagre do operário que chegou ao topo da fábrica Brasil. Para o segmento esclarecido de brasileiros, Lula é mais nada. Sobrevive da autoidolatria. Se perdê-la, já era. E os novos ataques que sofrerá vão se intensificar.

O vácuo de poder está se abrindo. Se Lula for obrigado, por qualquer motivo, a sair de cena, a autofagia do PT vai se tornar evidente. A disputa interna pelo poder no partido – para gerir a aparelhagem pública de que a petralhada se apossou – tende a provocar grandes baixas. Quem assumirá a hegemonia numa fase Pós-Lula?

Por tanto desgaste à vista, só uma providencial morte súbita poderá preservar o que ainda resta da imagem política de Lula. Os diamantes são eternos. Os políticos, não! Pelo menos o grande líder ainda tem uma esperança. Como tem acontecido até agora, nada deve colar nele. Até quando isso vai durar talvez só Deus saiba... O vácuo de poder está se abrindo e vai se concretizar...

Talvez por isso Lula até alimente uma certeza meio fantasiosa e bem típica de um mito providencialmente fabricado pela maquiavelagem de um pseudo-gênio Golbery do Couto e Silva. No juízo final, Lula deve acreditar que vai mesmo para o Céu... Pode ser... Afinal, não dizem que o Diabo odeia concorrentes de peso em seus domínios infernais...

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva.

Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

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