terça-feira, 24 de junho de 2014

Joaquim Barbosa Forever



O ministro Joaquim Barbosa anunciou recentemente sua aposentadoria antecipada como ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal.
Seu maior legado continuará sendo sua batalha épica implacável contra a corrupção, mais especificamente na ação penal 470, conhecida coloquialmente como mensalão.
Neste processo que se arrastou por anos a fio e monopolizou o Supremo, a opinião publica e a imprensa; empresários, políticos, banqueiros e dirigentes partidários foram condenados, reduzindo-se por um instante a sensação de impunidade que grassa na república.
Neste processo o ministro angariou críticos ferrenhos e admiradores por suas atitudes determinadas, e pela coragem que presidiu a ação penal, primeiro como relator do processo, e depois como presidente do supremo.
Assim como Giovanni Falconi em sua luta contra a máfia italiana, Joaquim Barbosa provocou a ira de personalidades de peso e influencia na política e no meio jurídico.
Sofreu ataques virulentos por sua atuação como magistrado, e que extrapolaram para sua vida privada, como se vivêssemos no país das virtudes e da moral ilibada. É evidente que Joaquim Barbosa, como ser humano cometeu seus deslizes, mas que atire a primeira pedra quem não os tenha cometido.
Cavaram fundo e encontram pouco contra o ministro, em denuncias ridículas, que procuraram desqualificá-lo como juiz e atingir sua honra.
O ministro foi mais de uma vez vitima de preconceito e ameaças públicas por parte de pessoas que perderam a noção de respeito e de perigo.
”Tire as patas de nossos heróis” e “você vai morrer de câncer ou com um tiro na cabeça” dizia uma destas mensagens. E vieram, vejam só, de um militante de um grande partido político.
Estes que saem a campo para defender heróis decaídos insistem em olhar o Brasil pelo retrovisor da história, sem se ater que o país mudou e que nossas demandas hoje são outras. Não percebem que a grande ameaça á democracia é a corrupção publica, mãe de todos os crimes.
Mas Joaquim Barbosa não deixa o supremo por medo de ameaças, mas por entender que sua voz dissonante não encontra eco entre seus pares.
 O Supremo não teve tutano para sustentar o ponto fora da curva, que nos conduziria a um novo patamar de cidadania, e se recolheu ao seu papel de zelador mor da constituição em sua interpretação mais banal.
O trabalho de Joaquim Barbosa extrapolou nossas fronteiras, angariou simpatias pelo mundo afora e sua luta nunca será em vão.
Quem acha que sua saída representa o retorno do supremo a sua curva histórica, não se iluda. O ministro saiu de um STF rendido em sua morosidade e burocracia, e ganha a historia como a voz que clama no deserto contra a corrupção e a impunidade.
Fora do Supremo sua luta pode ser muito mais eficaz porque não estará preso as regras e regulamentos que regem um tribunal.
Os canalhas que se divirtam enquanto podem porque a semente plantada por Joaquim Barbosa encontrará com certeza terreno fértil para germinar.
A luta contra a corrupção e contra a impunidade entra definitivamente para a ordem do dia, porque no campo escasso de valores em que vivemos, existe uma demanda sempre reprimida e uma sede insaciável de justiça.



                                                                   João Drummond



   





sexta-feira, 13 de junho de 2014

Brasil 3 X 1 Croácia - Vitoria legitima

Contra a Croácia, o Brasil não fez um grande jogo, mas para começo de copa do mundo deu para o gasto.
Se o arbitro errou, o que o time do Brasil tem a ver com isto? A arbitragem também já errou contra nós e contra outras seleções em outras copas. Daí dizer que o jogo foi roubado a uma grande distancia.
Mesmo não jogando o que sabe o Brasil foi melhor que a Croácia, e mesmo que o pênalti não fosse marcado ainda assim teríamos ganhado por dois a um.
As estáticas do jogo mostram a superioridade da seleção brasileira, repito ainda que com o nervosismo da estréia.

Brasil                                               Croácia

14                  Finalizações                 10
  9                Finalizações a gol            4
  5                      Faltas                       21
59%             Posse de bola                 41%
  7                    Escanteios                     3
  4                     Defesas                         6
  1                Impedimentos                    0

Vale lembrar ainda que o gol da Croácia não saiu por jogada de mérito, mas por falha de nossa defesa.
A seleção brasileira, como franca favorita ao titulo é secada pelas outras seleções e pela imprensa mundial. Normal, ainda mais quando estas críticas vêem de países, cujas seleções também são consideradas favoritas ao titulo.
Se o Brasil ganhou e não convenceu o primeiro passo está dado e conquistamos os primeiros três pontos.
Resta aos concorrentes, o choro dos ressentidos e as tentativas de atribuir aos erros do arbitro um resultado que é de mérito exclusivo da nossa seleção. Que reclamem com a comissão de arbitragem da FIFA, responsável pela escalação dos árbitros e vamos que vamos.


João Drummond

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