O Brasil, patrocinador da próxima Copa do Mundo e a
FIFA, Entidade máxima do futebol mundial precisam urgentemente de afinar o
discurso e as ações.
Depois das operações do exercito nos morros cariocas,
com vistas à copa de 2014, que devolveu ao Rio de Janeiro a credibilidade e a
segurança para organizar um evento desta magnitude, este esforço não pode ser
neutralizado por atitudes e falas destemperadas de ambos os lados.
Jérôme Valcke, secretário geral da FIFA, foi infeliz
em suas declarações, embora tenha razão em cobrar mais empenho do governo
brasileiro, na organização do evento. Cometeu uma gafe diplomática. Aldo Rebelo
ministro do esporte, respondeu de pronto, de maneira não adequada, como
representante de um Governo democrático.
As duas retóricas devem ser condenadas. Não levam a
nenhuma solução prática e não resolvem os grandes problemas que temos pela
frente, para promovermos uma copa digna do Brasil e de seu povo.
As trocas de farpas continuaram e é preciso mais juízo
e mais tempera entre pessoas que falam por entidades e governo e não por si
próprias.
Se as falas devem ser duras que o sejam nos
bastidores. As falas oficiais devem respeitar os ritos que regulam a relações
internacionais entre governos e entidades.
O que esperar de uma copa do mundo, em termos de
organização, que deve ser exemplar na conduta desportiva, se seus organizadores
e patrocinadores começam a exibir surtos de arroubos emocionais e atitudes
egocêntricas e infantis.
Que todos nós estamos preocupados com a copa do mundo
no Brasil não é novidade. Sabemos como as coisas andam por aqui quando
dependemos da política e de empreitas de grande porte.
Há muita coisa a ser feita em termos de
infra-estrutura, e estamos vendo que ha apenas dois anos do evento pouca coisa
foi feita, com relação aos aeroportos, redes hoteleiras, estradas, etc.
E mais, com as tradições de corrupção na nossa viciada
política, ficamos a espera de um milagre, no sentido de que os recursos e as
ações nesta esfera cumpram efetivamente seus objetivos.
Temos a impressão que o plano “B” do governo será
cercar o Brasil real com tapumes e verbas publicitárias para fazer uma copa
“pra inglês vê”, mostrando ao mundo um Brasil de fantasia. E não só para inglês. Também para, americano,
Frances, alemão, japonês etc.
Enquanto isto as entidades e governos envolvidos
deveriam, retirar de forma discreta, da sua organização, estas figuras destemperadas,
falastronas e boquirrotas, e colocar em seu lugar pessoas realmente competentes,
tanto para agir, quanto para negociar e dar declarações públicas.
Já temos problemas demais com esta copa para ficamos a
mercê destes arroubos de ego.
João Drummond
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