segunda-feira, 5 de março de 2012

Brasil e FIFA - Menos Fala e Mais Ação


O Brasil, patrocinador da próxima Copa do Mundo e a FIFA, Entidade máxima do futebol mundial precisam urgentemente de afinar o discurso e as ações.
Depois das operações do exercito nos morros cariocas, com vistas à copa de 2014, que devolveu ao Rio de Janeiro a credibilidade e a segurança para organizar um evento desta magnitude, este esforço não pode ser neutralizado por atitudes e falas destemperadas de ambos os lados.
Jérôme Valcke, secretário geral da FIFA, foi infeliz em suas declarações, embora tenha razão em cobrar mais empenho do governo brasileiro, na organização do evento. Cometeu uma gafe diplomática. Aldo Rebelo ministro do esporte, respondeu de pronto, de maneira não adequada, como representante de um Governo democrático.
As duas retóricas devem ser condenadas. Não levam a nenhuma solução prática e não resolvem os grandes problemas que temos pela frente, para promovermos uma copa digna do Brasil e de seu povo.
As trocas de farpas continuaram e é preciso mais juízo e mais tempera entre pessoas que falam por entidades e governo e não por si próprias.
Se as falas devem ser duras que o sejam nos bastidores. As falas oficiais devem respeitar os ritos que regulam a relações internacionais entre governos e entidades.
O que esperar de uma copa do mundo, em termos de organização, que deve ser exemplar na conduta desportiva, se seus organizadores e patrocinadores começam a exibir surtos de arroubos emocionais e atitudes egocêntricas e infantis.
Que todos nós estamos preocupados com a copa do mundo no Brasil não é novidade. Sabemos como as coisas andam por aqui quando dependemos da política e de empreitas de grande porte.
Há muita coisa a ser feita em termos de infra-estrutura, e estamos vendo que ha apenas dois anos do evento pouca coisa foi feita, com relação aos aeroportos, redes hoteleiras, estradas, etc.
E mais, com as tradições de corrupção na nossa viciada política, ficamos a espera de um milagre, no sentido de que os recursos e as ações nesta esfera cumpram efetivamente seus objetivos.
Temos a impressão que o plano “B” do governo será cercar o Brasil real com tapumes e verbas publicitárias para fazer uma copa “pra inglês vê”, mostrando ao mundo um Brasil de fantasia.  E não só para inglês. Também para, americano, Frances, alemão, japonês etc.
Enquanto isto as entidades e governos envolvidos deveriam, retirar de forma discreta, da sua organização, estas figuras destemperadas, falastronas e boquirrotas, e colocar em seu lugar pessoas realmente competentes, tanto para agir, quanto para negociar e dar declarações públicas.
Já temos problemas demais com esta copa para ficamos a mercê destes arroubos de ego.

João Drummond




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