domingo, 1 de abril de 2012

Até Tu Demóstenes? Ou A Torre do Demóstenes Caiu




A saga do senador por Goiás, Demóstenes Torres vem, monotonamente confirmar a regra sobre a política no Brasil, e sobre a honestidade dos políticos.
Sim, porque o Demóstenes daqui parecia uma das raras exceções a esta regra. Com discurso forte, inteligente, sagaz, ele era um dos mais atuantes e influentes do Senado da Republica.
Um dos lideres mais carismáticos da oposição. Dava gosto ouvir seus discursos e sua atitude firme na tribuna denunciando as mazelas do governo Lula e mais recentemente de Dilma.
 Diante desta mesmice tive a curiosidade de pesquisar a vida do seu xará, o grego e pude constatar que aquele Demóstenes também teve seus altos e baixos na política e chegou a um fim melancólico, que bem poderia servir de exemplo para nossos políticos pegos de calça curta. Os dois Demóstenes cometeram suicídio. O de lá físico e o de cá político... Por enquanto. Talvez de lá tenha sido mais digno afinal de contas.


Sobre Demóstenes – O Grego

(só para refrescar a memória e inspirar nossos políticos)

Demóstenes foi um proeminente orador e político grego, de Atenas. Sua oratória constitui uma importante expressão da capacidade intelectual da Atenas antiga e providenciam um olhar sobre a política e a cultura da Grécia antiga durante o quarto século AC. Demóstenes aprendeu retórica estudando os discursos dos grandes oradores antigos.

Aos sete anos de idade, Demóstenes perdeu o pai e teve sua herança roubada por seus tutores. Posteriormente, abriu processo para recuperar os bens roubados. Ganhou o processo, mas não recuperou todos os bens que lhe pertenciam. Com vinte e sete anos iniciou sua carreira de orador e logo conseguiu destaque.
Garoto ainda, Demóstenes assistiu a um julgamento no qual um orador chamado Calístrato teve um desempenho brilhante e, com sua verve, mudou um veredicto que parecia selado. Demóstenes invejou a glória de Calístrato ao ver a multidão escoltá-lo e felicitá-lo, mas ficou ainda mais impressionado com o poder da palavra, que parecia capaz de levar tudo de vencida.
Assim, alimentou a esperança de se tornar um grande orador - sonho que parecia impossível devido à sua gagueira. Conta-se que Demóstenes, à força de perseverança, ultrapassou o problema da gaguez declamando poemas enquanto corria na praia contra o vento e também, sendo esse o fato mais conhecido, forçando-se a falar com seixos na boca. Após treinamento que demandou enorme esforço, Demóstenes venceu a gagueira e se tornou o maior orador da Grécia.
Sua vida como orador e político foi dedicada à defesa de Atenas que se via ameaçada por Filipe II da Macedônia.
Contra o líder macedônio, Demóstenes escreveu inúmeros discursos que ficaram conhecidos como Filípicas. O objetivo era conclamar os cidadãos atenienses e arregimentar forças contra a Macedônia antes que fosse tarde demais.
Em 338 a.C., Demóstenes participou da batalha de Queroneia — na qual Atenas foi derrotada pela Macedônia e marcou o início do domínio de Filipe e depois de Alexandre, o Grande, sobre a Grécia.
Após 335 a.C., Demóstenes vê decair tanto sua reputação quanto influência. Chegou mesmo a ser condenado por ter se deixado comprar por um ministro de Alexandre e facilitar sua fuga de Atenas. Foi preso, mas conseguiu fugir, exilando-se de Atenas por longo período.
Após a morte de Alexandre, em 323 a.C., Demóstenes é chamado de volta e retoma suas atividades.
Alia-se, então, à revolta contra Antípatro. Tendo falhado tal revolta, Antípatro exige a entrega dos chefes revoltosos. Demóstenes foge para o templo de Poseidon na ilha grega de Calauria. Quando percebe que está cercado pelos soldados de Antípatro, suicida-se com veneno.

(fonte Wikipédia)

                                                                 João Drummond

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