terça-feira, 29 de maio de 2012

A Máscara da Política


Cachoeira – O Poder Obscuro
A Doença do Estado



Como se faz cultura de vermes? A ciência ensina muitas fórmulas, mas como principio deve-se ter um ambiente preparado, propicio, adequado.
Tem que haver ingredientes alimentadores, fomentadores e fermentadores. Nenhuma colônia de vermes prospera do nada. Ou em laboratório ou em estado natural as colônias têm que encontrar condições que favoreçam seu aparecimento, crescimento e expansão.
Pode se produzir vírus limpos em laboratórios, com uso de ingredientes adequados, com o intuito de estudá-los e preparar vacinas ou antivírus.  Estes vírus, mesmo sendo produzidos e criados e laboratório, serão tão fatais ou mais que os vírus gerados em ambientes naturais.
Podem ser mais mortíferos porque fortalecidos de forma controlada para produzirem efeitos mais danosos e fatais.
Assim é que nossa política, no alvorecer do século XXI conseguiu se constituir no grande laboratório produtor de vírus, vermes e bactérias dos mais variados tipos e matizes.
Por exemplo: o vírus “cachoeira” o que seria, como se produziu, e como prosperou nas barbas do estado brasileiro?
É claro e patente que o grande catalisador de seu surgimento e crescimento é o caldo de cultura corrompido e promiscuo que o laboratório da nossa política conseguiu produzir.
Criado em laboratório, para algum objetivo obscuro e inconfessável, escapou dos tubos-de-ensaio ou das estufas onde era mantido em observação constante, alimentado e fortalecido.
O vírus cachoeira é o orgulho da nova ciência política. O top dos vírus. Conseguiu chegar dentro da estrutura do poder em um nível onde nenhum vírus conseguira até então.
O mensalão já era a gloria da política e antes mesmo de conseguirem erradicá-lo surge outro mais robusto e insinuante.
Espalhou seus tentáculos em tal extensão dentro das estruturas dos três poderes que não se sabe se é possível combatê-lo sem combater o Estado. Na verdade é o Estado contra o estado. O Estado democrático, de direito, contra o estado marginal e corrupto.
Não estou falando em revolução. Seu romântico tempo já passou. E o Estado, este grande enigma, sempre tão zeloso com suas curadorias, suas procuradorias, suas CPIs, suas policias especializadas, se vê diante de um grande dilema: Como matar a doença sem matar o paciente.
E o paciente é o Brasil. Alias muito paciente por sinal. Como paciente e pacato é seu povo. Sempre tão bonzinho, pagando e votando. Pagando os maiores impostos do planeta e votando no mais sórdido modelo político que podemos imaginar.
Quem sabe não esta na hora de começarmos as conclamar pelas redes sociais uma nova política. Uma política que não ofereça campo de cultura favorável a proliferação destes vermes e destas viroses, que se espalham avassaladoras pelos meandros da política e do Estado.
Um bom começo poderia ser uma campanha para uma política voluntária e sem salários. Pior do que a que aí está não poderia ser.



                                                                 João Drummond







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